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Açúcar: mercado futuro encerra semana em baixa com poucos negócios

A sexta-feira (30) viu o mercado futuro do açúcar fechar em baixa em todos os lotes das bolsas internacionais


Publicado em: 03/10/2022 às 10:55hs

Açúcar: mercado futuro encerra semana em baixa com poucos negócios

Segundo analistas, o dia foi de poucos negócios com o mercado focado no vencimento do contrato de outubro da ICE Futures de Nova York e ainda sob o compasso do aperto da oferta de curto prazo.

Em NY o contrato outubro/22 foi negociado a 18,42 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 2 pontos no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela março/23 foi contratada a 17,68 cts/lb, desvalorização de 9 pontos. Os demais lotes recuaram entre 2 e 5 pontos.

Segundo analistas da Reuters, as entregas do contrato outubro foram de quase 745 mil toneladas, significativamente acima do volume de cerca de 222.250 toneladas em relação ao contrato de outubro do ano passado, mas bem abaixo do recorde de 2,58 milhões licitados em 2020.

"As usinas no Brasil estavam procurando usar o máximo de cana possível para produzir açúcar em vez de etanol, já que o açúcar é atualmente mais lucrativo", destacaram os analistas.

Londres

Em Londres a sexta-feira também foi de baixa em todos os lotes do açúcar branco da ICE Futures Europe. O vencimento dezembro/22 foi contratado a US$ 528,70 a tonelada, recuo de 1,10 dólar no comparativo com os preços de quinta-feira. Já a tela março/23 caiu 1,30 dólar, negociada a US$ 492,00 a tonelada. Os demais lotes fecharam no vermelho entre 1,10 e 1,90 dólar.

Mercado doméstico

No mercado interno o último dia de setembro viu as cotações do açúcar cristal subirem pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 124,41 contra R$ 124,31 de quinta-feira, recuo de 0,08% no comparativo. No mês de setembro o indicador fechou desvalorizado em 0,53%.

Análise

Segundo análise de Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, divulgada na noite de sexta-feira, "se a isenção dos impostos for prorrogada a tendência é -- tudo o mais inalterado -- que a próxima safra seja mais açucareira e ai podemos ver uma enxurrada de açúcar que vai pressionar as cotações de NY. A desvalorização da rúpia indiana desloca o ponto de equilíbrio do açúcar daquele país para 18.50 centavos de dólar por libra-peso. Como os indianos gozam de maior proximidade geográfica de países consumidores de açúcar na Ásia, é natural que o açúcar deles negocie a prêmio sobre NY pela diferença de frete marítimo. Assim, NY a 18 centavos de dólar por libra-peso deve ser um importante nível de equilíbrio. No entanto, NY já está abaixo disso. 140 pontos abaixo na 23/24 e 190 na 23/24".

Fonte: Agência UDOP de Notícias

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