Publicado em: 07/05/2025 às 11:10hs
O mercado de açúcar registrou variações mistas em seus contratos futuros nesta terça-feira (6), na ICE Futures de Nova York, com o mercado global sendo influenciado por diversos fatores, incluindo perspectivas mais otimistas para a produção brasileira e o contexto econômico internacional. Analistas destacam que, embora o açúcar tenha recebido algum suporte da recuperação do petróleo e da flexibilização do dólar, as preocupações com a desaceleração econômica global limitam os ganhos.
Na ICE Futures de Nova York, os contratos de açúcar bruto fecharam em baixa nos primeiros lotes, que são os de maior liquidez. O contrato para julho de 2025 foi negociado a 17,44 centavos de dólar por libra-peso, apresentando uma desvalorização de 3 pontos em comparação com o dia anterior. Já os contratos para outubro de 2025 e março de 2026 registraram quedas de 4 e 3 pontos, respectivamente. Por outro lado, o contrato para maio de 2026 permaneceu estável, enquanto os demais contratos subiram entre 1 e 2 pontos.
Os analistas destacam que a produção no Centro-Sul do Brasil, maior região produtora de açúcar do país, apresenta melhorias em relação ao ano passado, o que favorece a qualidade da cana-de-açúcar. A flexibilização do índice do dólar e a recuperação dos preços do petróleo também contribuíram para o apoio ao mercado de commodities, embora as expectativas de uma desaceleração econômica, especialmente devido às políticas tarifárias dos EUA, continuem pesando sobre o mercado global de açúcar.
"Certamente, as coisas estão melhores do que no ano passado (no Centro-Sul do Brasil), o que deve melhorar a qualidade da cana, especialmente após um início ruim", afirmou o McDougall Global View Sugar Report, citado pela Reuters.
Enquanto isso, na ICE Futures Europe, em Londres, os contratos de açúcar branco registraram valorização em todos os lotes nesta terça-feira. O contrato de agosto de 2025 foi negociado a US$ 493,80 por tonelada, uma alta de US$ 4,10 em relação à sessão anterior. O contrato para outubro de 2025 subiu US$ 5,10, fechando a US$ 484,40 por tonelada. Os demais contratos também apresentaram ganhos, variando entre US$ 3,20 e US$ 5,50.
No mercado doméstico, as cotações do açúcar cristal mostraram leve alta, conforme medido pelo Indicador Cepea/Esalq da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 142,07, representando uma valorização de 0,18% em comparação com os R$ 141,82 registrados no dia anterior.
Já o mercado de etanol hidratado registrou sua segunda queda consecutiva. O biocombustível foi negociado a R$ 2.822,50 por metro cúbico, uma desvalorização de 0,42% em relação ao preço praticado no dia anterior, que era de R$ 2.834,50.
Em resumo, o mercado de açúcar apresenta uma dinâmica influenciada tanto por fatores internos, como as perspectivas para a produção no Brasil, quanto por questões globais, como as tensões econômicas e as políticas internacionais. A recuperação do petróleo e a suavização do dólar fornecem algum suporte, mas as preocupações com a desaceleração econômica global continuam a limitar os avanços dos preços.
Fonte: Portal do Agronegócio
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