Segundo analistas ouvidos pela Reuters, a recuperação dos preços refletiu os números ruins das safras do Brasil e a cobertura de fundos vendidos.

O lote outubro/22 da ICE Futures viu o açúcar subir 32 pontos na sexta-feira, ou 1,8% no comparativo com o dia anterior, com contratos firmados em 18,09 centavos de dólar por libra-peso. Já a tela março/23 subiu 27 pontos, negociada a 18,04 cts/lb, enquanto maio/23 foi contratado a 17,40 cts/lb, 23 pontos a mais do que os preços do dia anterior.

Ainda segundo a Reuters, os negociantes disseram que o mercado começou a reorientar os fundamentos. "Espera-se um superávit global nas temporadas 2021/22 e 2022/23. Uma nova projeção do governo brasileiro, no entanto, juntamente com sinais técnicos de sobre venda, parece ter virado o mercado".

"A Conab reduziu drasticamente sua previsão para a safra de cana-de-açúcar, projetando o menor volume desde 2011 em meio ao clima desfavorável e a uma grande redução na área plantada à medida que os agricultores mudam para culturas mais rentáveis, como grãos", trouxe a Agência Internacional de Notícias.

Londres

Em Londres o açúcar branco também fechou a sexta-feira valorizado. O vencimento outubro/22 subiu 11,20 dólares, ou 2,1%, no comparativo com os preços praticados na quinta-feira, com negócios firmados em US$ 550,10 a tonelada.

Mercado doméstico

No mercado interno a sexta-feira foi de baixa pelo segundo dia seguido no açúcar cristal medido pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 127,74 contra R$ 128,24 a saca praticada na quinta-feira, desvalorização de 0,39% no comparativo entre os dias.