Setor Sucroalcooleiro

Açúcar brasileiro: Colheita acelerada pressiona mercado global

Ritmo rápido de colheita no Brasil e desafios logísticos impactam cotações do açúcar em bolsas internacionais


Publicado em: 13/05/2024 às 10:10hs

Açúcar brasileiro: Colheita acelerada pressiona mercado global

O mercado de açúcar enfrentou uma semana de queda, impulsionada pelo ritmo acelerado da colheita no Brasil, o principal exportador mundial do produto. Analistas apontam que os contratos futuros do açúcar fecharam em baixa tanto nas bolsas de Londres quanto de Nova York.

Nova York

Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto encerrou a sexta-feira com queda. O vencimento para julho de 2024 foi cotado a 19,30 centavos de dólar por libra-peso, representando uma redução de 28 pontos, ou 1,4%, em relação ao dia anterior. Já para outubro do mesmo ano, a queda foi de 27 pontos, com o contrato negociado a 19,33 centavos por libra-peso. Os demais contratos também registraram recuos, variando entre 10 e 25 pontos.

Segundo os negociantes, o mercado oscilou entre um suporte firme em torno de 19 centavos e uma resistência em 20 centavos.

Londres

Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco acompanhou a tendência de queda. O lote para agosto de 2024 foi negociado a US$ 569,30 por tonelada, registrando uma redução de 6,30 dólares em comparação ao dia anterior. Já para outubro do mesmo ano, a queda foi de 6,80 dólares, com o contrato sendo negociado a US$ 544,20 por tonelada. Os demais contratos também apresentaram reduções, variando entre 7,10 e 7,80 dólares.

Mercado Doméstico

No mercado interno, as cotações do açúcar cristal, medida pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, registraram queda pelo segundo dia consecutivo. Na última sexta-feira, a saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 138,80, comparada aos R$ 139,38 do dia anterior, representando uma desvalorização de 0,42%.

Analistas alertam que a rápida colheita no Brasil, aliada a desafios logísticos como a falta de chuvas e congestionamentos nos portos, pode desequilibrar o mercado global de açúcar, que já opera com estoques baixos, comprometendo sua resiliência frente a possíveis intercorrências.

Fonte: Portal do Agronegócio

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