Saúde Animal

Saúde animal é estratégica para um agronegócio mais eficiente, sustentável e competitivo

A saúde animal vai muito além do cuidado com os rebanhos: ela é fundamental para a produtividade, sustentabilidade e competitividade do agronegócio brasileiro, além de garantir alimentos seguros para o consumidor


Publicado em: 22/08/2025 às 09:30hs

Saúde animal é estratégica para um agronegócio mais eficiente, sustentável e competitivo
Saúde animal e impacto econômico

Segundo Luiz Monteiro, diretor técnico do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), a saúde dos animais ocupa um papel central na economia do setor. Em 2024, 47% do faturamento do setor de saúde animal esteve ligado diretamente à pecuária, reforçando que investir em prevenção e bem-estar é essencial para sistemas produtivos mais eficientes.

Cuidar da saúde do rebanho significa garantir alimentos de maior qualidade, atender a padrões sanitários internacionais e manter a competitividade no comércio global.

Brasil: liderança global na produção e exportação de carnes

O país é um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina, suína e de frango, mantendo esse protagonismo graças a uma estrutura sanitária sólida. Vacinação, monitoramento, inovação e produtos veterinários — como antimicrobianos, antiparasitários, biológicos e suplementos — são fundamentais para o desempenho zootécnico e a rastreabilidade dos alimentos.

Conexão entre saúde animal e sustentabilidade

Animais saudáveis produzem mais com menos recursos, reduzindo insumos, emissões de gases de efeito estufa por quilo de carne ou litro de leite e evitando a expansão de áreas de pastagem. Isso contribui para atividade agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável, além de apoiar o cumprimento de metas climáticas nacionais.

A relevância da pauta aumenta com a COP 30, que será realizada em Belém em 2025, colocando o Brasil no centro do debate sobre economia de baixo carbono.

Redução de emissões por meio da saúde dos rebanhos

Relatórios da FAO indicam que melhorias na saúde dos rebanhos podem reduzir emissões em até 35% até 2050, contribuindo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, como segurança alimentar e erradicação da fome.

Estudos recentes estimam que a redução de doenças no gado poderia evitar 800 milhões de toneladas de CO₂, equivalentes às emissões anuais de mais de 100 milhões de pessoas. No caso de suínos, o controle da síndrome reprodutiva e respiratória pode diminuir emissões em até 22,5%, conforme publicado na revista One Health Outlook.

Desafios para ampliar acesso às tecnologias de saúde animal

Apesar dos benefícios, o setor enfrenta barreiras em países em desenvolvimento, incluindo:

  • Baixo volume de financiamento climático destinado à pecuária
  • Falta de incentivos de mercado por parte do governo
  • Limitação de políticas públicas que reconheçam o papel estratégico da saúde animal na redução de impactos ambientais
Saúde animal como agenda estratégica

Discutir saúde animal é discutir produtividade, rentabilidade, sustentabilidade e confiança do consumidor. O tema envolve produtores, indústrias, profissionais de saúde, órgãos reguladores e a sociedade, sendo essencial para posicionar o Brasil como líder global em produção sustentável de alimentos.

Manter rebanhos saudáveis garante eficiência no campo, acesso a mercados internacionais e contribuição direta para o desenvolvimento equilibrado da agropecuária e da economia brasileira.

Fonte: Portal do Agronegócio

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