Processamento

Europa ganha espaço em alimentos no Brasil

As exportações brasileiras de produtos agropecuários processados e prontos para consumo para a União Europeia estão 56% superiores às registradas em 2004


Publicado em: 30/06/2014 às 17:50hs

Europa ganha espaço em alimentos no Brasil

A evolução é boa, uma vez que as exportações de commodities agrícolas -em que o país mais se destaca atualmente- subiram apenas 12% nesse período para a UE.

Esse crescimento, no entanto, mostra-se insuficiente quando comparado às importações do Brasil desses mesmos itens processados na União Europeia.

Os 28 países do bloco europeu elevaram em 217% as vendas de produtos processados e de consumo final para o Brasil desde 2004.

Só no ano passado, os europeus exportaram 7% mais, enquanto importaram 9% menos desses itens, segundo informações do Eurostat.

Em uma avaliação mais longa, e considerando a balança comercial total de produtos agropecuários, os europeus conseguem evolução percentual maior.

As exportações deles para o Brasil aumentaram 220% desde 2004. Já as exportações brasileiras tiveram evolução de apenas 43%.

Apesar desse crescimento percentual europeu a longo prazo, a balança comercial agropecuária ainda é bem favorável ao Brasil.

Os europeus importaram do mercado brasileiro o correspondente a " 13,3 bilhões em 2013, enquanto as exportações do bloco para os brasileiros ficaram em apenas " 1,5 bilhão.

O mercado que mais evoluiu para os europeus no Brasil foi o de chocolates e produtos derivados de cacau, seguido do de frutas. Ambos tiveram crescimento superior a 700% desde 2004.

Derivados de leite, de carnes, café e preparados de cereais também estão na lista das principais exportações dos europeus para o Brasil.

Já os produtos agropecuários em destaque exportados pelo Brasil para a UE são carnes, óleos vegetais, café, açúcar e frutas.

O Brasil é líder mundial em produção e exportação de vários itens, mas o país não consegue formar empresas com peso internacional para participar do varejo mundial.

A evolução de grandes grupos de varejo nos países desenvolvidos fecha cada vez mais o espaço para a criação de empresas nacionais com representatividade externa.

Fonte: Folha de S. Paulo

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