Processamento

Esmagamento de soja em Mato Grosso cresce em abril, mas margens de lucro recuam

O setor de processamento de soja em Mato Grosso registrou expansão no volume esmagado em abril de 2025, impulsionado por maior capacidade industrial e maior oferta de grãos no mercado interno


Publicado em: 19/05/2025 às 19:40hs

Esmagamento de soja em Mato Grosso cresce em abril, mas margens de lucro recuam

No entanto, a rentabilidade do setor apresentou retração no mês, refletindo os desafios de um mercado ainda volátil. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Volume processado cresce 5,61% em abril

Em abril de 2025, o esmagamento de soja em Mato Grosso totalizou 1,20 milhão de toneladas, alta de 5,61% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O desempenho é atribuído, principalmente, à ampliação da capacidade instalada das indústrias no estado, que atualmente têm potencial para processar até 15 milhões de toneladas por ano — crescimento de 3,3% frente a 2024.

Primeiro quadrimestre acumula avanço leve

Entre janeiro e abril, o consumo industrial de soja em Mato Grosso somou 4,32 milhões de toneladas, uma variação positiva de 0,20% em comparação com o mesmo período de 2024. A maior oferta de grãos e a sólida demanda por coprodutos, como óleo e farelo de soja, sustentam esse ritmo de crescimento industrial.

Margem de esmagamento recua em abril, mas ainda supera 2024

Apesar do avanço no volume processado, a margem bruta de esmagamento caiu 3,04% em abril frente ao mês anterior, encerrando o período em R$ 642,48 por tonelada. Ainda assim, o indicador registra uma expressiva alta de 103,87% na comparação anual, puxada sobretudo pela valorização do óleo de soja.

Essa valorização tem sido um fator determinante para sustentar a rentabilidade do setor, mesmo diante das oscilações do mercado cambial e da queda nos preços do farelo.

Perspectivas e riscos para o segundo semestre

Para os próximos meses, a expectativa é de manutenção do ritmo elevado nas indústrias, favorecidas pela ampla disponibilidade de soja no mercado interno e pela demanda contínua por derivados.

No entanto, analistas do setor alertam para a possibilidade de pressão nas margens no segundo semestre, em razão da volatilidade do dólar e de possíveis ajustes nos preços internacionais da soja, fatores que podem impactar diretamente a rentabilidade das indústrias esmagadoras.

Fonte: Portal do Agronegócio

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