Publicado em: 28/05/2025 às 07:00hs
No agronegócio brasileiro, a perda de grãos durante o processo de secagem ainda é um desafio expressivo. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 43% dos sinistros no pós-colheita ocorrem em secadores de grãos, equipamentos presentes em 89% das unidades armazenadoras do país. Diante dessa realidade, a PCE Engenharia, empresa sediada em Panambi (RS), desenvolveu uma solução tecnológica nacional capaz de reduzir significativamente o risco de incêndios nesses sistemas.
A tecnologia da PCE funciona como um sistema de alerta antecipado, que identifica possíveis falhas antes que elas causem danos maiores. Segundo a empresa, o objetivo é neutralizar riscos operacionais de forma preventiva, garantindo mais segurança para os operadores e maior preservação dos grãos armazenados.
O diferencial da solução está no uso de um algoritmo proprietário, o DeepPCE, que monitora continuamente parâmetros críticos como umidade, temperatura e pressão. Em caso de anomalias que possam indicar risco de incêndio, o sistema dispara alertas imediatos e informa ao operador o local exato do problema.
Para o próximo ano, a PCE Engenharia prepara o lançamento de uma versão ainda mais avançada do sistema, que contará com inteligência artificial preditiva. A nova tecnologia será capaz de antecipar falhas operacionais com mais precisão, oferecendo uma margem de segurança ampliada.
Essa inovação surge em um momento estratégico para o setor agrícola, que passa por transformações com o novo marco do Seguro Rural, o qual valoriza soluções tecnológicas de prevenção de riscos.
A solução da PCE tem despertado o interesse de cooperativas e cerealistas de diversas regiões do país, que buscam reduzir prejuízos com perdas pós-colheita. “Estamos diante de uma tecnologia que resolve uma dor antiga do setor com eficiência comprovada”, afirma Rorato, representante da empresa.
Com a safra em pleno andamento, o momento para adoção da tecnologia é considerado ideal, pois oferece proteção adicional aos ativos em uma das fases mais críticas da cadeia produtiva do agronegócio.
Fonte: Portal do Agronegócio
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