Saldo positivo é resultado do crescimento das exportações, que evoluíram 108% nos 3 primeiros meses deste ano sobre igual período de 2011, movimentando US$ 62,854 milhões, sendo US$ 32,643 milhões a mais que em 2011.

Evolução nos números é explicada pelo encerramento da safra de soja no Estado, comercializada a preços melhores, segundo o diretor comercial da Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra), Carlos Menegati. “Houve antecipação na colheita em relação ao ano passado”. Valorização no preço médio do quilo dos produtos comercializados foi de 150% em Mato Grosso, sendo a maior alta observada durante o trimestre entre os demais estados brasileiros.

No último ano, a cotação era de US$ 0,39/kg e em 2012 alcançou a média de US$ 0,97/kg. Preço segurou a redução no volume de embarques, que retraiu 16,94% entre janeiro e março deste ano, totalizando 64,721 mil toneladas, ante as 77,921 mil (t) no mesmo período de 2011, diferença absoluta de 13,199 mil (t). Com esse resultado, Mato Grosso respondeu por 2,49% do saldo das exportações e por 4,83% do superávit brasileiro de cooperativas. Maiores participações nacionais nas exportações ficou com o Paraná (31,44%) e São Paulo (29,81%). Em todo país, o saldo da balança comercial de cooperativas no 1º trimestre deste ano avançou 6,26% sobre igual período de 2011, totalizando US$ 1,238 bilhão.

Gerente comercial da Cooperativa Agroindustrial do Centro-Oeste (Coabra), Francisco Rizzo, acrescenta que além da valorização na cotação da soja em grão, as cooperativas estão conseguindo agregar maior valor à matéria-prima, industrializando e apostando nos embarques do produto acabado. No mês passado, por exemplo, Mato Grosso embarcou 61,175 mil toneladas de óleo de soja, quantidade 121% superior à de igual período de 2011. Crescimento gerou US$ 71,395 milhões, 123% a mais que os US$ 31,889 milhões do ano anterior. “Na Coabra, a gente vem aumentando as operações de grãos significativamente, em especial da soja não-transgênica, tanto no mercado interno quanto internacional”. Até o encerramento de 2012, a meta dos cooperados é exportar 50% a mais.

Crescimento deve ser influenciado também pelas negociações do milho segunda safra, por causa dos baixos estoques e aumento da demanda internacional pelo cereal.