Nutrição Animal

Micotoxinas em grãos e rações: riscos, impactos e soluções para a segurança alimentar

Entenda os riscos dessas toxinas, seus impactos na saúde animal e humana, e estratégias eficazes para garantir a segurança alimentar


Publicado em: 04/09/2025 às 14:00hs

Micotoxinas em grãos e rações: riscos, impactos e soluções para a segurança alimentar
Foto: Shutterstock

As micotoxinas, produzidas por fungos como Aspergillus, Fusarium e Penicillium, representam um dos maiores desafios para a qualidade de grãos e rações, afetando tanto a produtividade animal quanto a segurança do alimento destinado ao consumo humano.

Crescimento da incidência e fatores de risco

Fabrício Hergert, gerente técnico da Kemin — empresa global de ingredientes — destaca que a presença dessas toxinas vem aumentando nos últimos anos. Entre os principais fatores estão:

  • Condições climáticas mais instáveis;
  • Armazenagem inadequada de grãos;
  • Estresse térmico e hídrico favorecendo a proliferação de fungos oportunistas.

Segundo Hergert, “ambientes de armazenagem com controle insuficiente de temperatura e umidade criam condições ideais para fungos sintetizarem micotoxinas como aflatoxinas, fumonisinas, ocratoxinas, zearalenona e tricotecenos, todas com elevado potencial de causar danos hepáticos em animais de produção”.

Impactos na produção animal e na qualidade do alimento

O efeito das micotoxinas vai além do prejuízo direto à produção. Elas comprometem a integridade hepática e imunológica dos animais, reduzindo o desempenho produtivo e impactando a qualidade do alimento disponível para consumo humano.

Além disso, a contaminação acelerada por fungos compromete nutrientes essenciais dos grãos, como amido, aminoácidos, proteína bruta e lipídios. Hergert alerta que aves, suínos e ruminantes, com alta exigência metabólica, são particularmente sensíveis a essas perdas nutricionais.

Estratégias de prevenção e mitigação

A prevenção deve começar já no campo, com práticas agrícolas que reduzam a carga fúngica inicial. A armazenagem adequada também é essencial, incluindo:

  • Controle rigoroso de temperatura;
  • Aeração eficiente;
  • Monitoramento da umidade.

“Grãos respiram, e qualquer desequilíbrio de calor ou umidade favorece a produção de micotoxinas”, reforça Hergert.

Tecnologias para controle de micotoxinas

Para grãos armazenados por longos períodos, tecnologias específicas são fundamentais. A Kemin oferece a linha Myco CURB® GT, desenvolvida para inibir o crescimento de microrganismos patogênicos e reduzir a produção de micotoxinas durante a estocagem.

Essa abordagem contribui para preservar a qualidade nutricional dos grãos, garantindo segurança alimentar e funcionalidade dos ingredientes.

Segundo Hergert, “micotoxinas são uma ameaça silenciosa, mas previsível. Com gestão integrada, monitoramento constante e tecnologias adequadas, é possível minimizar impactos, proteger a saúde animal e assegurar que o alimento que chega à mesa do consumidor seja seguro e nutritivo”.

Fonte: Portal do Agronegócio

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