Nutrição Animal

Apesar de queda no preço das rações para suínos pelo terceiro mês seguido, margens apertadas ainda preocupam

Segundo informações do banco, redução do plantel após drásticas perdas de preço no primeiro trimestre e início do segundo começam a mostrar os efeitos no terceiro trimestre


Publicado em: 27/07/2022 às 19:40hs

Apesar de queda no preço das rações para suínos pelo terceiro mês seguido, margens apertadas ainda preocupam

Segundo relatório do Rabobank a respeito da suinocultura mundial referente ao terceiro trimestre de 2022, mesmo com algum recuo no custo da nutrição dos suínos no Brasil, o produtor segue preocupado com as margens apertadas. 

A queda drástica nas margens do suinocultor no primeiro trimestre do ano e em parte do segundo trimestre motivaram um enxugamento do plantel, com abate de matrizes, consequentemente aumentando a oferta de carne suína. No restante do segundo trimestre a produção recuou, com a diminuição no ritmo de abate e também do peso dos animais enviados para os frigoríficos. 

Conforme o relatório do banco, estas medidas tomadas pelos suinocultores como forma de contenção do impacto dos custos de produção já começam a mostrar efeito no menos número de leitões, devido ao descarte de matrizes, e na continuidade da redução dos pesos dos animais vivos, o que fez os preços destes terem algum aumento neste terceiro trimestre.

Apesar deste leve aumento, os preços ainda seguem 8% inferiores em comparação ao mesmo período do ano passado, mas o banco ainda estima para este trimestre mais realinhamentos positivos, devido à estação mais fria do ano e melhor ritmo de exportação. De forma geral, a expectativa é que a produção de carne suína este ano caia 1% em relação a 2021.

MERCADO EXTERNO

As exportações de carne suína para a China, principal parceiro comercial do Brasil para a proteína suinícola, caíram 38% em junho, de acordo com dados do banco. Ainda assim, o gigante asiático segue como o maior comprador do produto brasileiro, responsável por arrematar 37% da carne suína produzida no Brasil.

Vale a pena ressaltar que, mesmo com o recuo da China nas compras, o banco coloca o ritmo de exportações de carne suína brasileira como positivos, com incremento de 282% nos embarques para as Filipinas no mesmo período, e alta de 45% nas exportações para Cingapura, segundo e terceiro lugares, respectivamente, nos rankings de exportações da carne suína brasileira.

Para o segundo semestre de 2022, os analistas do banco se mostram mais otimistas, uma vez que os preços da proteína na China estão aumentando e há limitação de oferta do produto em algumas regiões. Soma-se a isso a desvalorização do real frente ao dólar, tornando a carne suína brasileira mais competitiva. Algumas oportunidades de exportação para a China ainda devem aparecer ao longo desta segunda metade do ano, aponta o banco, mas não devem reverter as perspectivas de diminuição do gigante asiático nas compras externas. 

Fonte: Rabobank

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