Publicado em: 10/09/2025 às 19:40hs
O setor de alimentação animal registrou alta de 2,2% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, alcançando 43,4 milhões de toneladas produzidas. Os dados, divulgados pelo Sindirações, mostram a resiliência da indústria, mesmo diante de desafios sanitários e comerciais.
Segundo Ariovaldo Zani, CEO da entidade, a cadeia de proteína animal segue em expansão e diversificação. “O Brasil é referência mundial na oferta de carnes, ovos, leite e pescados, e a indústria de rações tem papel estratégico ao fornecer insumos de qualidade e em grande escala”, destacou.
No primeiro semestre, a avicultura de corte consumiu 18,9 milhões de toneladas de rações. O crescimento, considerado moderado, foi influenciado por embargos comerciais decorrentes da influenza aviária, que afetaram o ritmo das exportações.
Ainda assim, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que a produção de frango pode ultrapassar 15 milhões de toneladas em 2025, sustentando o protagonismo brasileiro no mercado global.
Avicultura de postura: mais poedeiras e avanço nas exportações
O alojamento de poedeiras comerciais cresceu 3,3% no semestre, impulsionando a demanda por 3,7 milhões de toneladas de rações. Além disso, as exportações de ovos comerciais ganharam força, com destaque para os Estados Unidos, que absorveram mais da metade dos embarques, consolidando o Brasil como fornecedor estratégico em um cenário de alta demanda internacional.
A produção de rações para suínos atingiu 10,6 milhões de toneladas no semestre, acompanhando a evolução da atividade.
A ABPA projeta que a produção de carne suína pode ultrapassar 5,4 milhões de toneladas em 2025, apoiada pela abertura e consolidação de mercados como Filipinas, México e Singapura, além da estabilidade no consumo doméstico.
A captação formal de leite aumentou 6,1% no semestre, segundo o IBGE. O Nordeste foi destaque em crescimento percentual, enquanto o Sul manteve a liderança em volume.
Essa recuperação foi favorecida por custos menores de suplementação e margens mais equilibradas. O setor demandou 3,7 milhões de toneladas de rações para vacas em lactação.
Para 2025, a produção nacional de leite pode crescer até 2,5%, condicionada ao câmbio e ao preço dos insumos.
O CEPEA aponta dinamismo na cadeia de bovinos de corte, com destaque para o aumento das exportações. No entanto, a produção intensiva enfrentou margens restritas, mesmo com a fabricação de 2,75 milhões de toneladas de rações no semestre.
As perspectivas para o segundo giro do confinamento dependem de custos mais baixos, preços futuros atrativos e eficiência na gestão.
Entre janeiro e junho, a aquicultura demandou 892 mil toneladas de rações. A produção de peixes, sobretudo tilápia, foi impactada pelo inverno rigoroso, que reduziu o consumo dos animais e aumentou os riscos sanitários.
Na carcinicultura, produtores adotaram estratégias de adaptação, como ampliar viveiros e reduzir a densidade de estocagem, buscando camarões de maior tamanho e preços mais competitivos.
O segmento de alimentos para animais de companhia representa 53,5% do faturamento da indústria de rações.
Somente no primeiro semestre, a produção de alimentos para cães e gatos atingiu 2 milhões de toneladas, consolidando o segmento pet como um dos mais fortes pilares do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
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