Maquinas e Implementos

Produtores buscam mecanização para substituir mão de obra no campo

A Expocafé tem atraído produtores de várias partes do país. Do Sul de Minas, vários cafeicultores visitam a feira de Três Pontas (MG) em busca de novidades e mais tecnologia para ajudar no trabalho no campo


Publicado em: 10/06/2014 às 08:50hs

Produtores buscam mecanização para substituir mão de obra no campo

A Expocafé tem atraído produtores de várias partes do país. Do Sul de Minas, vários cafeicultores visitam a feira de Três Pontas (MG) em busca de novidades e mais tecnologia para ajudar no trabalho no campo. Os produtores dizem que a mecanização tem sido a única saída para enfrentar a falta de mão de obra.

"As máquinas auxiliam diminuindo a mão de obra. Às vezes você vai colher o café e precisa de 30 a 40 pessoas. Aí você entra com uma colheitadeira como essas, que faz o trabalho de mais de 50 pessoas. O 'grosso' ela faz todo, às vezes você precisa de gente só para fazer o repasse", diz o produtor Carlos Fonseca, de Três Corações.

Seu Nilton Andrade, de Jacutinga (MG), foi até a feira em busca de um novo classificador de café. Conseguiu o que queria e já fez o pedido para que o eqiupamento seja entregue em sua fazenda.

"A tecnologia de ponta está aqui e ela auxilia principalmente na mão de obra, além da manutenção da qualidade do café. Hoje é impossível tocar uma cafeicultura moderna com a qualidade que o mercado quer, sem essa tecnologia", diz Seu Nilton.

Mesmo que não seja para a compra à vista, muitos produtores visitam os estandes já estudando os investimentos que farão no furuto. Seu José Benjamin Paes Rabelo, que possui um sítio com 35 hectares de área plantada em Areado (MG), viajou até a Três Pontas para estuar a compra de uma colheitadeira até o ano que vem.

"Nossa previsão é comprar uma máquina dessas até o ano que vem. E a gente tem amigos próximos que podemos ajudar a usufruir da máquina, espero que dê tudo certo", disse o produtor José Benjamin Paes Rabelo.

Apelos para a cafeicultura

O que foi quase unanimidade entre os produtores entrevistados pelo G1 na Expocafé é o descontentamento com o atual momento do setor. Eles dizem que se tivessem uma maior ajuda governamental, haveria mais possibilidade de investir, modernizar a lavoura e produzir cada vez mais.

"Muitas vezes o preço do café não acompanha o aumento do preço dos equipamentos. Eles são muito bem vindos, nos ajudam muito, mas a relação de troca às vezes é desfavorável. A gente precisa ter uma política de preços para continuar investindo, comprando e correndo atrás dessas inovações. Há um endividamento muito grande porque passamos os últimos 10 anos com preços muito baixos. Precisamos ter um política de preços de médio e longo prazos para que isso não continue acontecendo", disse o produtor Eduardo Pio Chaves Correia de Figueiredo, que atua em Coqueiral (MG).

A mesma opinião é compartilhada pelo Seu José Benjamin, de Areado.

"Apesar da cafeicultura estar sofrendo bastante, nós estamos sempre com otimismo. As autoridades precisam olhar para a cafeicultura. Se a gente tiver mais dinheiro em mãos, vamos ter mais para investir na região, pro trabalhador, pra família dele e até as crianças vão crescer com mais alegria e sabedoria", diz o produtor.

A expectativa é que mais de 24 mil pessoas passem pela Expocafé até esta sexta-feira (6). A estimativa é de realização de cerca de R$ 220 milhões em negócios. A entrada para o evento é gratuita.

 

Fonte: Expocafé 2014

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