Publicado em: 22/02/2013 às 12:50hs
Cerca de 20 profissionais ligados à cadeia produtiva do arroz mobilizam-se, nos primeiros meses do ano, para que os resultados obtidos em pesquisas com orizicultura não fiquem guardados na gaveta. “O esforço e trabalho nesse período é grande. Nós pesquisadores, temos um perfil mais interno, mas nos adaptamos a situação e vamos à campo para trocarmos ideias com os produtores e ajustar alguns pontos sobre a produção”, comentou o pesquisador da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) Ariano Magalhães.
Ao longo de 20 anos a Empresa realiza uma força tarefa nesse período e estima-se que até o final de março sejam realizados mais de 15 eventos, entre dias de campo e a 23ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz. Segundo Ariano, o produtor quer mais que teoria, precisa pegar a planta e ver o desempenho da cultivar. E isso só pode ser feito nesse período de colheita.
As regiões da Zona Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Depressão Central, Planícies Costeira interna e externa do Estado são acompanhadas pelos pesquisadores da área numa média de 50 unidades demonstrativas (UD), que estão espalhadas nesses locais. De acordo com as características da região é a linhagem ou cultivar implantada, e no período de entressafra é feito um trabalho específico de manejo, onde são realizadas indicações e acompanhamentos do desenvolvimento do grão.
Só na Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que acontece entre os dias 21 a 23 de fevereiro, em Restinga Seca/RS, espera-se que mais de cinco mil pessoas passem pela vitrine tecnológica da Empresa, além de todos os produtores que são atendidos em dias de campo, realizados em diversos pontos do Rio Grande do Sul. “Nesses eventos podemos personalizar o atendimento, já que de acordo com a região é definida a cultivar e o manejo que melhor se adaptará as condições de solo e clima. Além de termos o retorno de quem vai trabalhar com o nosso produto”, comentou ele.
Um dos eventos aguardados pelos produtores de arroz é o tradicional Dia de Campo de Produção em Terras Baixas, que será realizado em 1º de março, na Estação Experimental Terras Baixas, no Capão do Leão/RS. Quatro estações serão montadas e diversas tecnologias serão apresentadas pela equipe. É esperado cerca de 400 participantes, que na parte da manhã poderão adquirir conhecimento, esclarecer dúvidas e receber orientações.
+ Tour do Arroz no Estado
Previsão de visitas em lavouras nos municípios de Alegrete, Arroio Grande, Bagé, Capão do Leão, Capivari do Sul, Camaquã, Dom Pedrito, Itaqui, Pelotas, Restinga Seca, Rio Pardo, São Gabriel, São Sepé, São Vicente do Sul, Santa Vitória do Palmar, Sentinela do Sul e Uruguaiana.
+ 23ª. Colheita do Arroz
É possível encontrar as variedades de arroz irrigado BRS Pampa, BRS Sinuelo CL, BRS Querência e Linhagem Arroz Gigante.
Se quiser participar das palestras Manejo da cultura da soja com foco em terras baixas e Melhoramento da soja para áreas de rotação com a cultura do arroz irrigado, serão apresentadas respectivamente pelos pesquisadores Giovani Theisen e Ana Claudia Barneche de Oliveira.
+ Dia de Campo de Produção em Terras Baixas
Vai tratar nesta edição de mostrar a época da semeadura e maturação da soja, uso de graus-dias no manejo da adubação nitrogenada em arroz irrigado; fixação biológica de nitrogênio e emissão de gases de efeito estufa na lavoura de arroz; cultivares de arroz e linhagens promissoras; utilização do arroz na alimentação animal; integração lavoura e pecuária em terras baixas; e irrigação por aspersão: uso da tecnologia de aplicação de produtos químicos e fertilizantes via água de irrigação.
Fonte: Embrapa Clima Temperado
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