Uma parceria de sucesso. Foi assim que representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) definiram os programas coordenados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) que impactam positivamente na indústria nacional de máquinas. O ministro interino do MDA, Laudemir Müller, recebeu, nesta quarta-feira (10), em Brasília, uma comitiva da associação.

Durante o encontro, os temas foram os programas Mais Alimentos e o Programa de Aceleração do Crescimento/ Máquinas (PAC 2) que, juntos, movimentaram mais de R$ 23 bilhões nos últimos anos.

O ministro afirmou que o PAC 2 equipamentos deve continuar, já que atendeu a demandas de pequenos municípios com dificuldades na aquisição de máquinas para recuperar estradas vicinais e ajudar no escoamento da produção. Além de auxiliar a agricultura familiar em cidades de até 50 mil habitantes, o programa gerou emprego na indústria nacional que teve alta na produção de equipamentos. “Queremos continuar neste ritmo, queremos continuar trabalhando e produzindo em alta escala. Fizemos um esforço e garantimos a continuidade do programa no ano que vem para suprir as necessidades de mecanização do rural brasileiro e o aquecimento da indústria de veículos automotores”, afirmou Müller.

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, exaltou a parceria transparente entre a associação e o ministério. “Sempre tivemos conversas muito positivas, e essa não foi diferente. Viemos trazer a necessidade de continuação, não só do PAC, mas também do Mais Alimentos. Estamos visitando diversos países, que achamos fundamental que o MDA participe no desenvolvimento destes novos mercados”, contou.

O Programa Mais Alimentos é uma linha de crédito para que os agricultores familiares invistam em máquinas, tratores e implementos agrícolas a juros de 0,5% a 2% ao ano, com dez para pagar e até três de carência.

O presidente da Anfavea avaliou a parceria como positiva e quer aumentar a aquisição de máquinas por parte de agricultores familiares no Nordeste. “Os resultados tem sido fantásticos, mas queremos efetivá-los ainda mais. Boa parte da agricultura familiar brasileira está em pleno desenvolvimento e com produtividade altos, e é isso que estamos perseguindo. Queremos ampliar esses resultados para outras regiões do país”, concluiu.

Internacional

Questionado pelos representantes da indústria sobre novas adesões ao Mais Alimentos Internacional, que proporciona crédito para outros países adquirirem máquinas agrícolas brasileiras, o ministro deixou clara a intenção de ampliar o acesso à modalidade. “Temos uma tecnologia de produção agrícola muito bem desenvolvida e que são fundamentais para a busca da soberania alimentar e sustentável. Então, o Brasil pode e deve disponibilizar isso para outros países. É muito legítimo fomentarmos e disseminarmos esta tecnologia para que tenhamos uma agricultura familiar forte mundialmente”, afirmou Müller.