Publicado em: 05/11/2025 às 10:55hs
O consórcio de máquinas agrícolas vem se destacando como uma das principais alternativas de investimento no campo em 2025. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o setor registrou alta de 47% nos créditos concedidos entre janeiro e setembro deste ano, alcançando R$ 9,13 bilhões, o melhor resultado da série histórica.
Com os juros elevados e o crédito rural mais restrito, produtores rurais têm recorrido cada vez mais ao consórcio como forma de autofinanciamento para aquisição de tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas. O modelo oferece prazos longos e ausência de juros, fatores que tornam a modalidade mais acessível em comparação ao financiamento tradicional.
Mesmo com a queda de 16,8% nas novas adesões, o volume total de negócios avançou 15,2%, chegando a R$ 19,7 bilhões. O resultado foi impulsionado pelo aumento expressivo de 46,9% no tíquete médio, que atingiu R$ 257,19 mil.
Segundo Fernando Lamounier, sócio da Multimarcas Consórcios, o desempenho reflete uma mudança de comportamento entre os produtores:
“O consórcio se ajusta perfeitamente às necessidades do agronegócio. Com os juros altos, ele se torna uma solução econômica e viável, garantindo credibilidade e previsibilidade para o planejamento financeiro no campo.”
O estudo da ABAC mostra que o número de cotas contempladas subiu 7,5%, totalizando 36,4 mil entre janeiro e setembro. Já o número de participantes ativos cresceu 9,3%, alcançando 465,8 mil produtores e empresas.
O movimento de alta não se restringe às máquinas agrícolas. O consórcio também ganhou força em outros segmentos de veículos pesados, como caminhões, embarcações e aeronaves.
No caso dos caminhões, os créditos concedidos chegaram a R$ 7,34 bilhões, o que representa alta de 47,1%. Foram 29,3 mil cotas contempladas, o equivalente a um em cada quatro caminhões vendidos no país, segundo dados da Fenabrave.
O cenário reforça a consolidação do consórcio como uma ferramenta estratégica para o agronegócio, especialmente em momentos de restrição de crédito. Para muitos produtores, o modelo deixou de ser apenas uma alternativa e se tornou parte do planejamento financeiro de longo prazo para renovação e ampliação da frota de máquinas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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