Maquinas e Implementos

Axial ou híbrida? Como escolher a colheitadeira ideal para sua lavoura

Diferença entre modelos está no sistema de trilha


Publicado em: 16/09/2025 às 07:30hs

Axial ou híbrida? Como escolher a colheitadeira ideal para sua lavoura

Na hora de renovar ou ampliar o maquinário agrícola, a escolha da colheitadeira é fundamental para garantir produtividade, eficiência e retorno sobre o investimento. Uma dúvida comum entre os produtores é decidir entre um modelo axial ou híbrido.

Segundo Anderson Schofer, especialista em colheitadeiras da Massey Ferguson, a principal diferença está no sistema de trilha:

  • Colheitadeira axial: utiliza um único rotor que realiza a trilha – separação do grão da vagem, espiga ou cacho – e a separação da palhada. É ideal para grandes volumes de colheita contínua.
  • Colheitadeira híbrida: combina dois sistemas dedicados: um cilindro convencional para a trilha, seguido por dois rotores separadores para a separação final dos grãos. Une a eficiência da trilha convencional à performance de baixas perdas do sistema axial.
Como escolher o modelo ideal

A escolha deve ser feita considerando tipo de cultura, área cultivada e objetivo de produtividade, não apenas preço ou potência, explica Schofer. Entre os principais pontos a avaliar estão:

  • Tipo de cultura: sementes e feijão se beneficiam do sistema axial, que preserva a qualidade do grão. Culturas com grande volume de palhada, como trigo e arroz, têm melhor desempenho nas híbridas.
  • Topografia: áreas planas favorecem colheitadeiras axiais; terrenos acidentados podem ter melhor resultado com híbridas, que reduzem perdas.
  • Condições climáticas e umidade: regiões com colheitas mais úmidas podem aproveitar a trilha dedicada das híbridas.
  • Perfil da propriedade: propriedades médias ou com diversidade de culturas se beneficiam da versatilidade das híbridas; grandes propriedades, focadas em escala e produtividade, tendem a optar pelas axiais.
Tecnologia embarcada aumenta eficiência

Tanto modelos axiais quanto híbridos podem contar com tecnologias avançadas, como:

  • Piloto automático com GPS
  • Monitoramento em tempo real de produtividade e umidade
  • Sistemas de gestão de frota e telemetria
  • Diagnóstico remoto e alertas de manutenção

Schofer reforça que a tecnologia não está vinculada ao tipo de trilha, mas sim à configuração escolhida pelo produtor.

Preferência regional

A adoção varia conforme a região e a cultura predominante:

  • Sul do Brasil: maior diversidade de culturas e propriedades menores favorecem as híbridas.
  • Centro-Oeste: grandes áreas de soja e milho impulsionam a escolha por axiais, devido à alta produtividade.

"Não existe um modelo ‘melhor’, mas sim o mais adequado para cada operação. Avaliar culturas, área de plantio, tipo de solo, mão de obra, custo de manutenção e metas de produtividade é essencial. Consultoria técnica especializada garante uma decisão assertiva e o melhor retorno do investimento", conclui Schofer.

Fonte: Portal do Agronegócio

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