Publicado em: 31/10/2025 às 10:10hs
O setor lácteo do Paraná apresentou crescimento nas exportações e redução nas importações ao longo de 2025, segundo dados do Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (30) pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Entre janeiro e setembro deste ano, os laticínios paranaenses exportaram volumes superiores aos registrados em todo o ano de 2024, demonstrando o fortalecimento gradual da cadeia produtiva e o aumento da competitividade do estado no mercado internacional.
De acordo com o levantamento do Deral, as empresas do Paraná importaram 8,66 mil toneladas de lácteos em 2024, sendo 1,83 mil toneladas de leite em pó. Embora o volume total de importações tenha sido 4,6% maior que o de 2020, e as compras de leite em pó tenham subido 11,2% no mesmo período, o comparativo com 2023 mostra uma retração significativa: queda de 31,2% nas importações de lácteos e redução de 71,9% nas compras de leite em pó.
Para 2025, a expectativa do setor é de estabilidade nas importações, com volumes próximos aos observados no último ano. Entre janeiro e setembro, as indústrias paranaenses importaram 7 mil toneladas de lácteos, das quais 1,15 mil toneladas foram de leite em pó, conforme o boletim.
Embora ainda representem uma parcela modesta diante da produção estadual, as exportações do setor lácteo do Paraná seguem em ritmo de crescimento. Segundo o Deral, o volume exportado nos nove primeiros meses de 2025 já supera o total de 2024, e é mais de três vezes superior ao registrado em 2023.
O soro de leite se consolidou como o principal produto exportado pelo estado, com 7,2 mil toneladas comercializadas neste ano — um reflexo do aproveitamento mais eficiente dos derivados do leite e do aumento da demanda internacional por ingredientes utilizados na indústria alimentícia.
O desempenho positivo nas exportações reforça o papel do Paraná como um dos principais produtores de leite do Brasil. A ampliação do aproveitamento industrial e a busca por novos mercados têm garantido maior equilíbrio entre produção, consumo e comércio exterior, fortalecendo a sustentabilidade econômica do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
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