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O Boletim do Leite do Cepea de março já está disponível

Nesta edição, confira:


Publicado em: 22/03/2021 às 19:40hs

O Boletim do Leite do Cepea de março já está disponível

“Preço ao produtor deve se manter em queda no 1° tri”

Em fevereiro, o preço do leite ao produtor fechou, pela primeira vez em seis meses, abaixo de R$ 2 por litro – a “Média Brasil” líquida foi de R$ 1,9889/litro. Com isso, a baixa no acumulado do primeiro bimestre chegou a 7,5%, em termos reais (descontando a inflação pelo IPCA de fevereiro/21). Esse movimento de queda no campo deve persistir em março, influenciando, portanto, as cotações do leite que foi captado em fevereiro. Expectativas de agentes do setor indicam que o recuo no preço deve ser em torno de 2,5%, o que, caso se concretize, resultaria em diminuição de 9,8% no acumulado do primeiro trimestre de 2021. 

“Demanda enfraquecida mantém preços em queda”

As cotações do leite UHT, da muçarela e do leite em pó (400g) seguiram em queda no atacado do estado de São Paulo em fevereiro. Segundo colaboradores do Cepea, houve pressão dos canais de distribuição por preços mais atrativos nas negociações, com o intuito de estimular a demanda. Ressalta-que que a redução no poder de compra do consumidor mantém enfraquecida a procura por derivados lácteos. 

“Apesar do recuo em fevereiro, importações crescem no 1º bi frente a 2020”

As importações de produtos lácteos somaram 15,2 mil toneladas em fevereiro, queda de 15,2% frente a janeiro/21, mas aumento de 67% em relação a fevereiro/20. Esse cenário se deve à apreciação do dólar frente ao Real – a moeda norte-americana passou de R$ 5,36 em janeiro para R$ 5,42 em fevereiro – e à oferta limitada de leite no mercado internacional. Apesar do recuo em fevereiro, as importações de lácteos no 1º bimestre de 2021 somaram 33,2 mil toneladas, volume 65,2% acima do registrado no mesmo período de 2020. 

“Alimentos concentrados e fertilizantes elevam custo de produção em fevereiro”

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira, que representa os desembolsos do produtor, aumentou 1,98% em fevereiro na “média Brasil” (que considera os estados da BA e de GO, MG, PR, RS, SC e SP). Essa valorização, no entanto, foi menor que a registrada em janeiro, de 3,29%. Os principais insumos que influenciaram a elevação dos custos foram os adubos e corretivos, cujos preços subiram 6,02% no mês, a maior valorização registrada para este grupo de insumos desde outubro de 2018, quando a alta das cotações foi de 6,46%.