Laticínios

Leite e derivados ficam mais caros em Mato Grosso

A redução nos preços pagos pelo leite aos produtores mato-grossenses em janeiro não foi suficiente para baratear o alimento in natura e seus derivados nas gôndolas dos supermercados e padarias de Cuiabá


Publicado em: 12/03/2015 às 19:30hs

Leite e derivados ficam mais caros em Mato Grosso

A redução nos preços pagos pelo leite aos produtores mato-grossenses em janeiro não foi suficiente para baratear o alimento in natura e seus derivados nas gôndolas dos supermercados e padarias de Cuiabá. Em janeiro, 6 produtos lácteos foram reajustados no varejo em comparação com dezembro, segundo pesquisa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que avalia os valores de 15 itens no varejo. Já em relação a janeiro de 2014, 12 produtos derivados encareceram no 1º mês deste ano. Na comparação mensal, o maior reajuste foi observado na cotação da bebida láctea (15,24%), seguido pelo leite UHT semidesnatado (5,99%), leite UHT desnatado (4,15%), queijo minas frescal (4,28%), queijo mussarela (3,86%) e leite UHT integral (3,07%). 


No ano, as maiores altas foram incorporadas aos preços do queijo minas frescal (31,23%), queijo provolone (28,23%), bebida láctea (10,32%), queijo mussarela (5,11%), iogurte (5,2%), leite pausterizado (4,09%) e leite UHT integral (2,72%). Conforme os analistas do Imea, no início de 2015 a cadeia produtiva do leite sentiu a baixa nos preços. No boletim mensal, divulgado na última semana, o Imea registra que o aumento no volume de captação nos últimos 4 meses associado à diminuição no consumo - motivada pelo elevado preço do leite e derivados no varejo e também pelas férias escolares - contribuíram para a superação da oferta sobre a demanda. Com isso, o preço médio pago ao produtor decaiu, ficando cotado na média de 74 centavos (litro), sendo este o menor valor praticado no mercado desde abril de 2013.

Além disso, os principais insumos utilizados na atividade se valorizaram. O resultado desse cenário foi o abandono da atividade por muitos pecuaristas, lamenta o presidente da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite), Alessandro Casado. Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso (Sindilat), Antônio Bornelli, o consumo de leite e derivados “está ruim”. “E, quando falo em preço, lembro que o leite longa vida aqui no Estado é o mais caro do país, porque existe uma barreira protecionista para as indústrias locais e que eleva o imposto para as marcas de fora”. Em Mato Grosso, 3 indústrias oferecem o leite longa vida. “Outra situação é que os comerciantes demoram muito para baixar os preços dos lácteos por causa da manutenção dos estoques, mas reajustam rápido”.

Fonte: A Gazeta

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