Frigoríficos e Abatedouros

Venda de carne ao exterior cresce 28%, ajudada por epidemia na China

Impulsionadas pela demanda da China, país que sofre com uma epidemia da peste suína africana, as exportações brasileiras de carnes renderam US$ 1,387 bilhão em novembro, crescimento de 28,4%


Publicado em: 04/12/2019 às 19:00hs

Venda de carne ao exterior cresce 28%, ajudada por epidemia na China

Impulsionadas pela demanda da China, país que sofre com uma epidemia da peste suína africana, as exportações brasileiras de carnes renderam US$ 1,387 bilhão em novembro, crescimento de 28,4% na comparação com o US$ 1,080 bilhão reportado em igual intervalo de 2018, de acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

No mês passado, as carnes suína e bovina foram os grandes destaques. Em razão da menor oferta de carne na China - o país respondia por 50% do consumo e produção global de carne suína, os preços das carnes dispararam no país asiático, beneficiando as exportações brasileiras como um todo.

Em novembro, o preço médio da carne bovina exportada pelo Brasil a todos os mercados chegou a US$ 4.857 por tonelada, alta de 21,6% na comparação anual. No caso da carne suína in natura, o preço médio aumentou 29,9%, para US$ 2.405 por tonelada, de acordo com os dados da Secex.

Ao todo, a receita dos frigoríficos brasileiros com a exportação de carne bovina in natura chegou a US$ 755,8 milhões, incremento de 45% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O volume de carne bovina enviada ao exterior aumentou 12,8% na mesma base de comparação, para 155,6 mil toneladas.

As exportações de carne bovina do Brasil se aceleraram a partir da segunda quinzena de setembro, após a Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) autorizar mais 17 frigoríficos brasileiros a exportar ao país. Em outubro, a indústria de carne bovina registrou o maior volume exportado da história - 170,5 mil toneladas. A China representa mais de 30% da carne bovina exportada pelos brasileiros.

No caso da carne suína, a receita obtida pelos exportadores do país em novembro foi de US$ 138,4 milhões, aumento de 46,6% na comparação anual. O volume enviado aumentou 12,8%, para 57,6 mil toneladas. A China é o principal destino da carne suína vendida pelo Brasil, que é o quarto maior exportador global.

Em ritmo menos intenso, mas também crescendo, as exportações brasileiras de carne de frango in natura renderam US$ 492,8 milhões em novembro, aumento de 6% ante os US$ 464 milhões do mesmo período do ano passado. Em volume, os embarques cresceram 4,2% na mesma base de comparação, passando de 296,6 mil toneladas para 309,2 mil toneladas.

Em evento na semana passada, o economista Alexandre Mendonça de Barros, sócio-fundador da consultoria MB Agro, avaliou que o potencial de crescimento das exportações de carne de frango para à China é menor. De acordo com ele, o consumidor chinês não é tão adepto do consumo de frango se comparado a outras proteínas.

Fonte: AviSite

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