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Santa Catarina bate recorde histórico em exportações de carnes e registra desempenho excepcional em setembro

Estado registra faturamento de US$ 438,1 milhões em embarques de frango, suínos e bovinos, superando metas históricas e reforçando liderança no agronegócio brasileiro


Publicado em: 09/10/2025 às 20:00hs

Santa Catarina bate recorde histórico em exportações de carnes e registra desempenho excepcional em setembro
Foto: SECOM
Santa Catarina registra resultados históricos nas exportações de carnes

Santa Catarina encerrou setembro de 2025 com resultados inéditos nas exportações de carnes, somando 197,7 mil toneladas entre frango, suínos, bovinos, perus, patos e marrecos, com receita de US$ 438,1 milhões — o maior faturamento mensal desde o início da série histórica, em 1997, e o segundo melhor em volume.

Na comparação com agosto de 2025, os embarques cresceram 29,9% em quantidade e 29,5% em receita. Frente a setembro de 2024, o aumento foi de 14% em volume e 13,5% em faturamento, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), sistematizados pelo Epagri/Cepa.

O governador Jorginho Mello comemorou:

“O que produzimos em Santa Catarina é requisitado em todo o mundo. Isso reflete o apoio que damos aos produtores e agroindústrias, envolvendo centenas de milhares de catarinenses desde pequenas propriedades familiares até mercados em mais de 150 países.”

O secretário de Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, reforçou a relevância do resultado:

“Santa Catarina demonstra sua capacidade de reagir aos desafios e manter a confiança dos mercados internacionais. Estes números confirmam a eficiência da sanidade animal e de toda a cadeia produtiva do estado.”

Frango: desempenho recorde em volume e receita

As exportações de carne de frango somaram 116,7 mil toneladas, movimentando US$ 232 milhões, o melhor desempenho mensal desde maio de 2019. Em relação a agosto, houve crescimento de 30% em volume e 30,2% em faturamento. Comparado a setembro de 2024, os aumentos foram de 10,7% em quantidade e 4% em receita.

No acumulado de janeiro a setembro, o estado exportou 874 mil toneladas, gerando US$ 1,78 bilhão, com altas de 2,1% em volume e 6,6% em valor. Segundo o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, os resultados refletem a recuperação das exportações brasileiras e catarinenses após a suspensão temporária devido à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Rio Grande do Sul.

Os principais destinos das exportações de frango foram Arábia Saudita, Japão, Países Baixos e Emirados Árabes Unidos, com Santa Catarina respondendo por 25,5% da receita e 23,3% do volume nacional, consolidando-se como o segundo maior exportador do país.

Carne suína: faturamento recorde e liderança nacional

A carne suína também apresentou resultados expressivos, com 72,3 mil toneladas exportadas em setembro, gerando US$ 181,6 milhões — o maior faturamento mensal já registrado pelo estado. O volume representa 28,3% de crescimento em relação a agosto e 17,7% frente a setembro de 2024, sendo o segundo maior volume da série histórica.

No acumulado do ano, Santa Catarina exportou 562,2 mil toneladas, totalizando US$ 1,39 bilhão, com aumentos de 6,6% em volume e 14% em valor. Os principais mercados foram Japão, Filipinas, China, Chile e México, com o estado respondendo por 51,5% da quantidade e 52% da receita nacional, consolidando a liderança nas exportações de carne suína no Brasil.

Acumulado do ano reforça desempenho histórico

De janeiro a setembro de 2025, Santa Catarina exportou 1,49 milhão de toneladas de carnes, gerando US$ 3,30 bilhões — os melhores resultados já registrados para o período desde 1997, com alta de 3% em volume e 9,9% em receita em comparação com o mesmo período de 2024.

Panorama do etanol no Paraná

Enquanto isso, a produção de etanol no Paraná apresenta redução. A produção de etanol à base de cana está estimada em 1,15 bilhão de litros, queda de 3% em relação a 2024, e o etanol de milho deve ter uma redução de 50,6%, totalizando 15,58 milhões de litros.

No entanto, investimentos em expansão devem alterar este cenário: uma cooperativa está investindo R$ 1,7 bilhão na construção de uma planta com capacidade para 280 milhões de litros de etanol de milho/ano, além de produzir concentrado proteico (DDG) e óleo de milho.

Segundo Edmar Gervasio, do Deral, a região Centro-Oeste já superou o Sudeste e se consolidou como principal produtora de etanol no país, enquanto São Paulo continua como maior produtor individual (32% do total) e Mato Grosso lidera na produção específica de etanol de milho (68%).

Fonte: Portal do Agronegócio

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