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Preços da carne de frango voltam a subir com expectativa de recuperação no mercado interno

Cenário geral: preços firmes e tendência de alta


Publicado em: 14/07/2025 às 12:10hs

Preços da carne de frango voltam a subir com expectativa de recuperação no mercado interno

O mercado brasileiro de carne de frango registrou preços mais firmes a estáveis tanto no mercado vivo quanto no atacado ao longo da última semana. A avaliação é do analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, que aponta uma expectativa de recuperação gradativa dos preços no cenário doméstico, acompanhando também a normalização das exportações.

Exportações ganham ritmo, mas China e União Europeia mantêm embargos

Segundo Iglesias, a retomada das compras pelas Filipinas na última semana representa um avanço importante para o setor. No entanto, China e União Europeia ainda mantêm embargos aos produtos avícolas brasileiros, o que limita o ritmo de recuperação das exportações.

Custos de produção tendem a cair no segundo semestre

O analista destaca ainda que os custos com nutrição animal devem se manter sob controle no segundo semestre, com a chegada de uma safrinha de grandes proporções. Também é esperado um recuo nos preços do farelo de soja no mercado interno, o que deve aliviar os custos para os produtores.

Atacado registra recuperação nos preços

No atacado, os preços da carne de frango começaram a reagir positivamente na segunda semana de julho. A tendência, segundo Iglesias, é de continuidade dessa recuperação, impulsionada pela maior competitividade da carne de frango frente às demais proteínas, principalmente a bovina.

Além disso, a entrada dos salários na economia favorece a reposição de estoques entre o atacado e o varejo, estimulando a valorização dos preços.

Desempenho das exportações em junho

Apesar do movimento positivo em julho, os embarques de carne de frango em junho apresentaram queda. De acordo com dados da Safras & Mercado, houve um recuo de cerca de 23% no volume exportado em comparação com o mesmo mês de 2024.

Variação dos preços internos

Levantamento da Safras & Mercado revelou alterações nos preços dos cortes congelados e resfriados de frango no atacado e na distribuição em São Paulo:

Cortes congelados (atacado):

  • Peito: de R$ 9,90 para R$ 10,00/kg
  • Coxa: estável em R$ 6,90/kg
  • Asa: de R$ 10,00 para R$ 10,40/kg

Cortes congelados (distribuição):

  • Peito: de R$ 10,00 para R$ 10,10/kg
  • Coxa: estável em R$ 7,00/kg
  • Asa: de R$ 10,20 para R$ 10,60/kg

Cortes resfriados (atacado):

  • Peito: de R$ 10,00 para R$ 10,10/kg
  • Coxa: estável em R$ 6,90/kg
  • Asa: de R$ 10,10 para R$ 10,50/kg

Cortes resfriados (distribuição):

  • Peito: de R$ 10,10 para R$ 10,20/kg
  • Coxa: estável em R$ 7,10/kg
  • Asa: de R$ 10,30 para R$ 10,70/kg
Preços do frango vivo por região

O levantamento semanal nas principais praças do país apontou os seguintes valores para o quilo do frango vivo:

  • Minas Gerais: de R$ 5,60 para R$ 5,70
  • São Paulo: estável em R$ 5,80
  • Mato Grosso do Sul: de R$ 5,50 para R$ 5,55
  • Goiás: de R$ 5,55 para R$ 5,65
  • Distrito Federal: de R$ 5,60 para R$ 5,70
  • Pernambuco: de R$ 5,90 para R$ 6,00
  • Ceará: de R$ 5,00 para R$ 6,20
  • Pará: de R$ 6,00 para R$ 6,50

Nas integrações, os preços permaneceram estáveis:

  • Santa Catarina: R$ 4,70
  • Oeste do Paraná: R$ 4,80
  • Rio Grande do Sul: R$ 4,75
Desempenho das exportações em julho

Nos primeiros quatro dias úteis de julho, as exportações brasileiras de carne de aves e miudezas comestíveis (frescas, refrigeradas ou congeladas) somaram US$ 131,427 milhões, com média diária de US$ 32,856 milhões. Foram embarcadas 75,157 mil toneladas, com média diária de 18,789 mil toneladas, e preço médio de US$ 1.748,70 por tonelada.

Em comparação com julho de 2024, os dados da Secretaria de Comércio Exterior apontam:

  • Queda de 8,2% no valor médio diário exportado
  • Redução de 0,8% na quantidade média diária
  • Recuo de 7,5% no preço médio da tonelada

A expectativa para os próximos meses é de recuperação contínua, com suporte vindo tanto da demanda interna quanto de uma possível reabertura de mercados atualmente embargados.

Fonte: Portal do Agronegócio

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