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Preço do frango sobe no varejo, mas permanece aquém da evolução dos custos

Analisando o comportamento dos produtos integrantes da cesta básica dos consumidores da cidade de São Paulo, o Procon-SP ressalta que em setembro de 2021 o frango resfriado inteiro foi o segundo produto da cesta que mais aumentou nos últimos 12 meses, subindo de R$7,67/kg em setembro de 2020 para R$11,78/kg no mês passado – variação de 53,59% em um ano


Publicado em: 20/10/2021 às 11:40hs

Preço do frango sobe no varejo, mas permanece aquém da evolução dos custos

Explica que o aumento nos preços foi ocasionado pela forte demanda internacional e “pelo repasse dos altos custos, tanto dos insumos de alimentação dos animais quanto da energia elétrica”, acrescentando que, “mesmo com intensa valorização frente às principais carnes substitutas, a bovina e a suína, ainda houve procura por frango, pois é a carne mais barata entre as consumidas internamente”.

A propósito dessas altas é oportuno observar que só agora (ou seja, em setembro último) o preço no varejo se aproximou do custo de produção, registrando a menor diferença dos últimos 18 meses.

Em outras palavras, apenas no trimestre inicial de 2020 (na prática, antes da pandemia) o preço alcançado pelo frango resfriado no varejo da cidade de São Paulo registrou evolução acima do custo. A partir do primeiro lockdown os preços no varejo retroagiram e jamais conseguiram acompanhar a evolução do custo.

A menor diferença, pois - desde abril de 2020 - foi registrada em setembro passado: frente a uma evolução de mais de 81% no custo de produção, o preço no varejo aumentou perto de 75% - diferencial de apenas 6,5 pontos percentuais. Mas no mês anterior, agosto, ela estava em 28 pontos percentuais e, no mês de maio, superou os 50 pontos percentuais. Ou seja: enquanto o consumidor pagou 35% a mais pelo frango resfriado, seu custo de produção aumentou 85%.

Na média dos 21 meses transcorridos entre janeiro de 2020 e setembro de 2021, o frango resfriado ficou 25% mais caro que na média de 2019. Já o custo de produção (considerada apenas a ave viva, sem computar ainda o custo industrial) aumentou quase o dobro, mais de 48,5%.

Fonte: AviSite

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