Especialmente quando esses resultados são comparados com o trimestre imediatamente anterior, o quarto de 2012 – período em que, devido às Festas, o consumo interno é substancialmente maior que o dos demais trimestres.

Começando pelo boi, cujos preços se mantiveram relativamente estáveis no trimestre: o volume de carne bovina disponibilizado internamente foi o único a apresentar queda no período (-1,9%), mesmo havendo queda (de 6,2%) nas exportações. É que o volume abatido recuou 2,4% de um trimestre para outro.

A produção de carne suína também sofreu redução (-1,5%). Mas como suas exportações recuaram 22,2%, a disponibilidade interna aumentou 2,2%. Uma vez que o consumo do período é reconhecidamente menor que o do trimestre anterior, o retrocesso de preços foi ocorrência absolutamente lógica.

Pior, porém, foi a situação do frango, que encerrou o primeiro trimestre com um preço 20% menor que o do início do ano (posteriormente essa perda se agravaria ainda mais e chegaria a 40%): sua produção, embora ligeiramente menor que a do mesmo trimestre de 2012, aumentou significativos 4,3% em relação ao trimestre anterior, o quarto de 2012. Como as exportações do período recuaram perto de 10%, a disponibilidade interna acabou ficando quase 11% acima da registrada entre outubro e dezembro de 2012.Ou seja: independentemente, até, de uma eventual perda de capacidade aquisitiva por parte do consumidor, não havia como impedir o refluxo de preços registrado e que só agora começa, lentamente, a ser revertido.