Comparativamente ao que se observou, por exemplo, uma década atrás, nos últimos quatro anos as exportações de carne de frango vêm registrando estabilidade de volume que chega a ser exasperante – sobretudo para quem assistiu à explosão dos embarques nos primeiros anos do século XXI.

É verdade que a estabilidade observada se dá em um patamar significativamente melhor que o registrado há 10 anos. Pois enquanto o volume semestral médio exportado entre 2000 e 2004 situou-se um pouco acima das 800 mil toneladas, nos nove semestres decorridos entre 2010 e 2014 essa média é perto de 2,5 vezes maior – de quase 1,950 milhão de toneladas.

Por outro lado, porém, enquanto há 10 anos os embarques evoluíram a uma média semestral não muito distante dos 15%, agora (isto é, entre os primeiros semestres de 2010 e 2014) a evolução semestral não chega a 1%. E isso, além de exasperante, é também frustrante. Especialmente porque o consumo interno evolui na mesma toada.

Como mostraram os dados divulgados pela SECEX/MDIC, o volume total exportado no primeiro semestre de 2014 foi pouco além de 1,902 milhão de toneladas - resultado que implicou em um aumento de apenas 0,65% sobre idêntico semestre anterior, mas que ainda corresponde a um volume menor que os registrados nos mesmos semestres de 2011 e 2012.

O resultado mais recente também sugere – mantido o desempenho médio anterior – que os embarques do corrente semestre podem ir pouco além de 1,990 milhão de toneladas. Ou seja, talvez não se alcancem os 2 milhões de toneladas registrados no segundo semestre de 2010, 2011 e 2013.