Considerado o fato de que muitos países vêm embargando produtos avícolas dos EUA devido à ocorrência da Influenza Aviária naquele país, só se pode concluir que os exportadores norte-americanos vêm conseguindo driblar parte dos entraves enfrentados pela carne de frango.

Pelo menos os dados de abril apontam nessa direção, pois, embora quase 5% menores que os de março (mês de 31 dias), mantiveram o mesmo nível registrado em abril de 2014 (+0,16%), mantendo-se acima, até, do volume alcançado em novembro de 2014, quando a Influenza Aviária ainda não havia afetado a avicultura local (o primeiro caso confirmado, envolvendo um falcão mantido em cativeiro, só seria registrado em 14 de dezembro).

Não só isso, pois, após fortes recuos no primeiro bimestre do ano (queda próxima de 15%), passou a haver recuperação e, com ela, o segundo bimestre foi fechado com redução de apenas 2% sobre o mesmo período do ano passado.

É verdade que, considerado o acumulado nos quatro primeiros meses do ano a redução ainda atinge níveis sensíveis (-8,38%). Mas é queda inferior à registrada no fechamento do primeiro trimestre (-11,05%). E, no acumulado dos 12 meses encerrados em abril de 2015, o retrocesso em relação aos 12 meses anteriores se encontra abaixo dos 4%.

De toda forma, se não houver decisiva recuperação nos próximos meses e for mantida a média atual nos dois quadrimestres subsequentes do ano, o corrente exercício será encerrado com volume em torno dos 3 milhões de toneladas, cerca de 10% a menos que em 2014. Isso corresponderia, também, ao menor volume de carne de frango exportada pelos EUA nos últimos oito anos.