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Embarque de carne bovina brasileira atinge máxima de 5 anos

As exportações brasileiras de carne bovina somaram US$ 3,579 bilhões entre janeiro e julho de 2013. O resultado foi 14,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando as vendas atingiram a marca de R$ 3,126 bilhões


Publicado em: 14/08/2013 às 18:40hs

Embarque de carne bovina brasileira atinge máxima de 5 anos

Em volume, os resultados das exportações também foram bastante positivos, registrando um crescimento de 21,14%, subindo de 666,3 mil toneladas nos sete primeiros meses do ano passado para 807,2 mil toneladas em 2013.

Os embarques foram os maiores desde setembro de 2008, informou ontem a associação que representa as empresas do setor. Em setembro de 2008 foram embarcadas 134,9 mil toneladas. O recorde histórico havia sido registrado em maio de 2007, com 169,5 mil toneladas.

Hong Kong mantém o posto de principal comprador da carne brasileira, com um crescimento de 71% no total de toneladas do produto adquiridas. O país foi responsável pela compra de 209,7 mil toneladas no ano, equivalente a um faturamento de US$ 830,3 milhões.

A carne in natura é a categoria mais desejada pelos importadores, totalizando faturamento de US$ 2,842 bilhões e volume exportado supera as 628,8 mil toneladas.

Julho também registrou o melhor resultado no ano de 2013, tanto em volume como em faturamento. O mês registrou 132,4 mil toneladas exportadas, contra 122,8 mil em abril e 118,8 mil em maio. Em faturamento, foram US$ 577 milhões, contra US$ 551 milhões em abril e US$ 520 milhões em maio. "O volume de carne exportada em julho foi o maior desde setembro de 2008, quando conseguimos negociar 134,9 mil toneladas", explica Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec.

Preços internos em alta

A queda recente nos preços do boi gordo mercado interno, de acordo com o analista de mercado Caio Junqueira foi causada pela a geada que prejudicou as pastagens no mês passado, e estimulou a oferta do animal.

"A meu ver, o principal motivo para a enxuta oferta de animais foi a geada. O clima foi o fator predominante para essa queda. A situação das pastagens está crítica, degradado Brasil a fora", disse.

Segundo o analista, de curto a médio prazo, deve haver mudança nos preços. A oferta de boi magro e de bezerro, de acordo com ele, é peça chave para o confinamento, mas deve sofrer mais que o boi gordo.

Junqueira diz que quando diminuir a oferta de boi de pasto deve ser apenas para o boi de confinamento. Segundo ele, isso não sustentará a pressão de baixa, portanto, os preços devem voltar a subir.

"Acredito que em 10 dias, o boi deve pegar uma vertente de alta", calcula Junqueira.

Fonte: Agência Estado

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