Os dados trimestrais divulgados ontem (7) pelo IBGE, relativos à produção de carnes em estabelecimentos inspecionados, apontam que embora o número de cabeças de frango abatidas no terceiro trimestre de 2023 tenha atingido novo recorde histórico (1,580 bilhão), o volume de carne delas proveniente (pouco mais de 3,315 milhões de toneladas pelo banco de dados SIDRA) recuou perto de 1,4% em relação ao trimestre anterior.

Recuos trimestrais do gênero são fato rotineiro. Os abates estão diretamente relacionados não só ao número de dias do mês, mas sobretudo ao número de dias úteis (dias de abate). E, claro, também às condições de mercado – fator que determina a antecipação ou o retardo na idade de abate, influenciando o peso médio das aves abatidas.

No caso presente, a redução ficou restrita ao mês de setembro e ocorreu pela primeira vez neste ano. Envolveu o número de cabeças abatidas (queda de 0,37% em relação a setembro de 2022), a carne produzida (menos 0,67%) e o peso médio por cabeça abatida (redução de 0,30%).

Tais reduções, entretanto, não afetaram os resultados acumulados no ano. O número de cabeças abatidas, de pouco mais de 4,750 milhões, é 4,5% superior ao dos mesmos nove meses de 2022 e a carne produzida -perto de 10,132 milhões de toneladas – aumentou mais de 6%. A diferença entre esses dois índices decorre do peso médio dos frangos abatidos, cerca de 1,5% maior que o observado em idêntico período do ano passado.

Finalizando, resta observar que mantida no trimestre final do ano a média mensal dos primeiros nove meses de 2023 (perto de 1,126 milhão de toneladas mensais), o total anual girará em torno dos 13,5 milhões de toneladas, cerca de 5% a mais que as pouco mais de 12.875 milhões de toneladas inspecionadas em 2022.