Publicado em: 13/11/2025 às 19:20hs
O mercado de biodefensivos no Brasil alcançou R$ 4,35 bilhões em vendas na safra 2024-25, um avanço de 18% em relação ao ciclo anterior (R$ 3,69 bilhões), segundo levantamento FarmTrak Bioinsumos, divulgado pela Kynetec Brasil.
O estudo aponta que produtores buscam soluções inovadoras para complementar o manejo agrícola, ao mesmo tempo em que novas marcas e produtos biológicos chegam ao mercado. Conforme o especialista em pesquisas da Kynetec, Felipe Abelha, “os bioinsumos estão se consolidando como uma alternativa cada vez mais estratégica no controle de pragas e doenças”.
Seis culturas concentram atualmente as vendas de bioinsumos no país:
Segundo Abelha, os bioinsumos representam hoje quase 5% do total movimentado pelo setor de proteção de cultivos, que gira em torno de R$ 100 bilhões anuais. Em cinco anos, o mercado brasileiro quase quadruplicou, saindo de R$ 1 bilhão em 2020 para o patamar atual.
“Na soja, as vendas de bioinsumos subiram de R$ 560 milhões para R$ 2 bilhões em cinco anos. No milho safrinha, o crescimento foi ainda mais expressivo, de R$ 100 milhões para R$ 1,1 bilhão”, detalha Abelha.
O ranking de vendas de bioinsumos em 2024-25 é liderado por:
“Os bionematicidas se consolidaram como principal solução no controle de nematoides, superando inclusive os químicos tradicionais. Já os biofungicidas tiveram forte impulso devido à crescente pressão de doenças nas grandes culturas”, afirma Abelha.
O estudo revela que a área potencial tratada (PAT) com bioinsumos no Brasil subiu de 21,9% para 46,7% nos principais cultivos nos últimos cinco anos. Em estados como Goiás e Mato Grosso, a adoção já supera 50% da área cultivada, refletindo a expansão contínua do biocontrole no país.
Os fatores que impulsionam o crescimento incluem:
O FarmTrak Bioinsumos 2024-25 foi elaborado a partir de 13 mil entrevistas presenciais com produtores em toda a fronteira agrícola brasileira, garantindo dados robustos e representativos do mercado nacional.
“O estudo mostra que os defensivos biológicos não são apenas uma alternativa, mas uma tendência consolidada, com alta adesão e expansão contínua em todos os principais cultivos do Brasil”, conclui Felipe Abelha.
Fonte: Portal do Agronegócio
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