Publicado em: 29/10/2025 às 16:30hs
O mercado brasileiro de bioinsumos agrícolas mostra sinais de expansão e inovação. De acordo com dados recentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), embora os registros de produtos biológicos continuem crescendo, a maior parte das formulações ainda utiliza microrganismos clássicos, enquanto um movimento silencioso busca novas cepas e soluções exclusivas.
Segundo Michelle Zibetti Tadra, CEO da GoGenetic, os registros permanecem concentrados em microrganismos consolidados, essenciais para o controle biológico de pragas e doenças. Os principais são:
“Esses microrganismos ainda sustentam a base do controle biológico no país, mas já percebemos uma transição em curso”, comenta Michelle.
Nos últimos meses, o mercado tem apresentado maior demanda por análises genéticas, visando identificar microrganismos exclusivos e desenvolver produtos diferenciados. As áreas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) concentram esforços em novas tecnologias, cepas únicas e consórcios biológicos, ampliando a eficiência e a abrangência dos bioinsumos.
Os registros mais frequentes indicam uso contra pragas de grande impacto econômico, como mosca-branca, Sclerotinia, Bemisia e mofo-branco, com formulações de amplo espectro, capazes de atuar em diversas culturas simultaneamente.
Para Michelle, o futuro do setor está na genética e na personalização das soluções biológicas.
“As empresas querem conhecer profundamente seus microrganismos e garantir exclusividade nas cepas utilizadas. Isso permitirá desenvolver produtos mais eficientes, estáveis e sustentáveis.”
O setor deve observar crescimento expressivo de registros de novos microrganismos e consórcios biológicos, não apenas voltados ao controle de pragas, mas também à reconstrução do equilíbrio microbiológico do solo, ampliando a sustentabilidade e a produtividade das lavouras.
Fonte: Portal do Agronegócio
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