Publicado em: 27/10/2025 às 15:30hs
A engenheira agrônoma Luciane Balzan, especialista em fertilidade e manejo do solo pela USP e gerente de marketing de bio e nutrição da UPL Brasil, destaca que o desempenho das culturas agrícolas depende de uma combinação de fatores, incluindo genética, manejo e, principalmente, eficiência fisiológica das plantas.
Pesquisas recentes mostram que a capacidade de crescimento, absorção de água e aproveitamento de nutrientes está ligada a proteínas essenciais chamadas aquaporinas, presentes em quase todos os tecidos vegetais — raízes, folhas e caules.
Esses canais atuam como “vias rápidas” que regulam a passagem de água e pequenas moléculas entre as células, permitindo que a planta mantenha o equilíbrio hídrico e transporte nutrientes estratégicos, como o nitrogênio.
Grande parte do nitrogênio aplicado ao solo não é absorvido pelas plantas, sendo perdido por volatilização, lixiviação ou imobilização. A presença ativa das aquaporinas otimiza o aproveitamento desse nutriente, aumentando a eficiência do uso de água e fertilizantes e contribuindo para maior produtividade.
Além disso, esses canais desempenham papel fundamental em situações de estresse, ajudando a manter o equilíbrio celular e reduzindo perdas de rendimento.
Com base no conhecimento sobre aquaporinas, a UPL Brasil desenvolveu o Nuvita, uma biossolução voltada para soja e milho. Integrada à plataforma NPP (Natural Plant Protection), a tecnologia busca aumentar a formação de aquaporinas nas plantas, melhorando a circulação interna de água e nutrientes.
A aplicação foliar de Nuvita demonstrou resultados significativos: até 50% de aumento na eficiência do uso do nitrogênio, gerando maior vigor vegetativo, redução de desperdícios e incremento na produtividade.
Ao potencializar a eficiência fisiológica das plantas, soluções como Nuvita permitem alinhamento entre produtividade e cuidado ambiental, oferecendo uma alternativa sustentável para o agronegócio brasileiro.
“Plantas mais eficientes absorvem melhor os recursos disponíveis, traduzindo-se em crescimento saudável e rendimento otimizado, mesmo sob condições adversas de solo, clima ou manejo”, reforça Luciane Balzan.
Fonte: Portal do Agronegócio
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