Publicado em: 18/07/2025 às 09:00hs
O Brasil, um dos maiores produtores globais de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, enfrenta perdas anuais superiores a R$ 60 bilhões devido à ação de pragas, doenças e plantas daninhas, segundo dados da Embrapa. Estima-se que as pragas possam reduzir em até 40% a produtividade agrícola, a depender da cultura e da região afetada.
Controle biológico se destaca no combate às lagartas
Diante desse cenário, o controle biológico de pragas tem se tornado uma alternativa estratégica e sustentável. As lagartas, em especial, são responsáveis por severos danos às lavouras e exigem métodos eficazes de contenção.
A startup brasileira Life Biological Control desenvolveu uma linha de biodefensivos à base de baculovírus, com o diferencial de oferecer "ação tripla", utilizando três cepas diferentes em suas formulações. Essa abordagem amplia o espectro de controle e fortalece o manejo integrado de pragas, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade no campo.
Comprometida com a promoção de uma agricultura mais produtiva e ambientalmente responsável, a Life Biological Control já possui o maior portfólio de produtos à base de baculovírus no mercado nacional. Entre os destaques estão:
Segundo Cristiane Tibola, CEO da Life Biological Control, pesquisadora e doutora em Entomologia pela ESALQ/USP, o Destroyer é uma tecnologia altamente eficaz. “Ele atinge apenas as pragas-alvo, não afeta os insetos benéficos, tem alta taxa de mortalidade das lagartas, é de fácil manejo, viável economicamente e seguro para o meio ambiente, atendendo às demandas por sustentabilidade”, destacou.
Pesquisas realizadas pela Embrapa, que serviram de base para o desenvolvimento do produto Destroyer Sf em parceria com a Life Biological Control, revelam que o uso de baculovírus pode atingir uma eficiência superior a 80% em culturas como soja e milho. Os resultados, no entanto, variam de acordo com fatores como clima e densidade populacional da praga.
O baculovírus é um vírus que atinge exclusivamente insetos, principalmente lagartas, sendo altamente específico para determinadas pragas. Seu ciclo de infecção começa quando a lagarta consome folhas contaminadas com partículas virais. Uma vez dentro do corpo do inseto, o vírus se multiplica, danifica suas células e interrompe a alimentação. Em poucos dias, o inseto morre, liberando novos vírus no ambiente, prontos para infectar outras lagartas.
Essa especificidade torna o baculovírus uma solução eficaz e ambientalmente segura para o controle biológico, ganhando cada vez mais espaço nas estratégias de manejo sustentável da agricultura brasileira.
Fonte: Portal do Agronegócio
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