O número é 16% maior que em 2014, quando retornaram 2,8 mil toneladas de embalagens vazias para as unidades de recebimento. Este desempenho coloca o Estado em segundo lugar, no País, na destinação de embalagens de defensivos agrícolas, atrás apenas de Mato Grosso, que recolheu 5,8 mil toneladas esse ano.

"No Paraná, o sistema está bem consolidado, temos uma rede de distribuição grande, um sistema de recolhimento itinerante estruturado. Estamos 16% acima do ano passado, as expectativas estão sendo atendidas", comenta Caio Fernandes, coordenador de operações do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) para o Paraná. A expectativa até o final de 2015 é que sejam recolhidas 5,6 mil toneladas de embalagens em todo o Estado.

O índice de recebimento de embalagens de agroquímicos em todo o Brasil é de 94%, afirma o coordenador. No Paraná, este índice chega aos 98%.

No último dia 18, foi comemorado em todo o Brasil o Dia Nacional do Campo Limpo, que visa conscientizar os produtores rurais sobre a importância da destinação correta das embalagens de defensivos agrícolas. A logística reversa para este tipo de material está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305/10. Em todo o País, foram recolhidos este ano 42,6 mil toneladas de embalagens vazias.

A unidade da Associação Norte Paranaense de Revendedores Agroquímicos (Anpara), em Cambé, recebeu até junho deste ano mais de 703 mil embalagens de defensivos. Na sexta-feira, a entidade realizou evento em comemoração ao Dia Nacional do Campo Limpo. De acordo com o diretor técnico executivo da Anpara, Irineu Zambaldi, até o final do ano a unidade deverá recolher perto de 1 milhão de embalagens, número próximo ao do ano passado. A central atende a 32 municípios do Paraná, inclusive Londrina.

Zambaldi observa que a área de plantio no Paraná é estável, por isso a tendência é que o volume de embalagens recebidas se mantenha igual ao de 2014. "O sistema hoje já esta trabalhando com sintonia fina. O que precisa trabalhar melhor é a consciência dos próprios produtores para que entendam que tem que fazer a coisa funcionar. Principalmente pequenos produtores."

"Esse sistema conseguiu provar contra muitas previsões lá no início que é possível gerir responsabilidade compartilhada. Essa é a palavra-chave. A Anpara é uma união de empresas, cooperativas, profissionais e que se agrega a outras entidades como o Emater, sindicatos rurais, pesquisadores, associações de profissionais e com a própria imprensa", acrescenta Zambaldi.