Publicado em: 02/06/2025 às 13:30hs
O carrapato-do-boi, Rhipicephalus (Boophilus) microplus, é um dos maiores desafios da pecuária brasileira, causando prejuízos anuais superiores a R$ 15 bilhões. As infestações comprometem a produção de carne bovina, que pode diminuir em até 1,7 milhão de toneladas por ano — cerca de 15% da produção nacional. Além disso, o parasita reduz o ganho de peso dos animais, em até 1 grama por carrapato, e afeta a produção de leite, causando perdas de até 9 ml por animal por dia. O carrapato também prejudica a qualidade do couro e transmite doenças como a Tristeza Parasitária Bovina.
Estudos indicam que cerca de 80% da população do carrapato está nas pastagens, não nos próprios animais, pois o parasita passa aproximadamente 95% do ciclo de vida fora do hospedeiro. A fêmea fecundada deixa o boi para depositar até 3 mil ovos no solo, de onde as larvas emergem e sobem nos bovinos para reiniciar o ciclo, que dura cerca de 21 dias. Animais da raça Nelore carregam, em média, de 10 a 15 carrapatos por dia, enquanto raças mais sensíveis, como Angus, podem apresentar até 600 parasitas diariamente.
Essa situação evidencia a necessidade de controle ambiental, já que os métodos tradicionais focam apenas no tratamento direto dos animais.
Para ampliar as opções de manejo, a IHARA desenvolveu o inseticida ZEUS, que age diretamente nas pastagens, atingindo a fase larval do carrapato e complementando o controle tradicional nos bovinos. Segundo Gustavo Corsini, engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da empresa,
“ZEUS atua onde a maioria dos produtos não alcança, eliminando as larvas no ambiente e prevenindo a reinfestação dos animais. Isso garante um controle mais duradouro, redução das perdas e maior rentabilidade para o produtor.”
Com uma única aplicação, ZEUS pode reduzir até 90% da população larval do carrapato. O produto deve ser aplicado nos primeiros sinais de infestação, especialmente entre setembro e janeiro, quando as condições de temperatura e umidade favorecem a eclosão dos ovos. Recomenda-se também o uso antes da entrada dos animais no piquete, para eliminar as larvas presentes na vegetação.
Além disso, ZEUS pode ser integrado ao manejo que inclui tratamentos nos animais e controle da cigarrinha-das-pastagens, ampliando o benefício operacional para as propriedades.
Infestações moderadas a severas podem causar perdas de até 20 kg por animal por ciclo de engorda. Para um lote de 100 animais, isso representa uma redução de 2.000 kg de peso total, o que equivale a mais de R$ 33 mil em prejuízo, considerando o preço médio da arroba a R$ 250.
Corsini ressalta que, ao focar no controle ambiental, ZEUS oferece uma alternativa sustentável que melhora a saúde dos rebanhos, aumenta o desempenho zootécnico e reduz a necessidade de uso repetitivo de insumos químicos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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