Agrotóxicos e Defensivos

Glifosato dispara com alta demanda do Brasil e pressiona custos agrícolas

Mercado brasileiro acompanha valorização internacional do herbicida


Publicado em: 29/09/2025 às 16:30hs

Glifosato dispara com alta demanda do Brasil e pressiona custos agrícolas

Nos últimos quatro meses, os preços do glifosato na China, principal fornecedora do insumo para o Brasil, registraram forte alta. Segundo Jeferson Souza, analista de inteligência de mercado, mais de 85% dos volumes importados pelo país têm origem no gigante asiático, tornando a agricultura brasileira bastante dependente desse fornecedor. Atualmente, o preço FOB China do herbicida gira em torno de US$ 4,0/kg, o que representa um aumento de 23% em relação a abril deste ano.

Crescimento das importações brasileiras impulsiona mercado global

O aumento de preço está diretamente ligado à expansão da demanda global, com destaque para o Brasil. Entre janeiro e agosto, as importações brasileiras de glifosato somaram 169,28 mil toneladas, um crescimento de 50,4% em relação ao mesmo período de 2024. Esse movimento consolidou o país como protagonista no mercado internacional, sendo um dos principais responsáveis pela pressão de alta nos preços.

Diferença entre defensivos e fertilizantes

Apesar da escalada, Souza ressalta que o mercado de defensivos agrícolas apresenta dinâmica distinta do setor de fertilizantes. Enquanto os aumentos de preços na China costumam ser repassados rapidamente para o Brasil no caso dos fertilizantes, no glifosato os efeitos são geralmente mais graduais. Ainda assim, o analista alerta para a necessidade de monitoramento constante, pois mudanças no preço podem impactar diretamente os custos de produção agrícola a médio prazo.

Preparação para maior volatilidade

Diante do avanço nas importações e da tendência de valorização internacional, o mercado brasileiro precisa se preparar para maior volatilidade nos preços. Souza recomenda que produtores e distribuidores adotem estratégias de gestão de risco e um planejamento de compras estruturado, especialmente pensando na safra 2026/27.

Fonte: Portal do Agronegócio

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