Publicado em: 28/11/2023 às 10:40hs
Projeções para 2023 apontam que esse déficit na balança de produtos químicos pode atingir US$ 47 bilhões, impulsionado por importações com preços competitivos do mercado asiático. Esses fatores contribuíram para o menor volume de produção nacional em três décadas, com uma média de ociosidade de 35% na capacidade instalada da indústria química no Brasil.
Até outubro, as importações de produtos químicos no Brasil aumentaram significativamente em termos de quantidades físicas, especialmente plastificantes (79,1%), resinas termoplásticas (16,7%) e produtos petroquímicos básicos (12,6%). Essas importações ocorreram a preços médios 22,9% mais baixos que no ano anterior, impactando negativamente o mercado interno e ameaçando a produção nacional em diversas cadeias de valor.
Por outro lado, as exportações diminuíram 11,3% em quantidades físicas até outubro, totalizando 11,7 milhões de toneladas. Esse declínio é atribuído à presença crescente de produtos asiáticos nos principais mercados de exportação, impulsionados por competitividade artificial devido a insumos e matérias-primas russas com preços favorecidos pela guerra no leste europeu.
Fátima Giovanna Coviello Ferreira, Diretora de Economia e Estatística da Abiquim, destaca que a recente decisão do Governo de retornar as alíquotas de importação de químicos ao patamar padrão da Tarifa Externa Comum foi um primeiro e indispensável passo para restabelecer as reais condições de competitividade da indústria nacional, visando aumentar sua participação no PIB.
Fonte: Portal do Agronegócio
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