Publicado em: 11/11/2025 às 08:00hs
A colheita da cevada no Brasil segue em ritmo acelerado e as projeções indicam que a safra de 2025 poderá ser histórica. Com clima favorável, evolução genética e aprimoramento das práticas de manejo, especialmente no controle de plantas daninhas, o Paraná se consolida como o principal polo da cultura no país.
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), a produção estadual deve atingir 423 mil toneladas, alta de 43% em relação às 296 mil toneladas colhidas em 2024. A área cultivada também registrou avanço de 20%, alcançando 96,9 mil hectares, enquanto a produtividade média chega a 4.600 kg por hectare, representando 35% da produção nacional de malte.
Na cevada destinada à produção de malte, a qualidade dos grãos é determinante. Para atingir o padrão ideal, o cereal precisa apresentar germinação acima de 92%, umidade máxima de 13%, teor proteico entre 9% e 12% e no máximo 5% de grãos avariados.
Segundo Alesandro Pagnoncelli, engenheiro agrônomo e gerente Comercial Distrital da IHARA, o avanço da cevada reforça o protagonismo do agronegócio brasileiro.
“A cultura é hoje uma alternativa rentável e estratégica para o produtor, especialmente em sistemas diversificados, com alto potencial de retorno e sustentabilidade agronômica”, afirma.
Apesar do cenário positivo, o controle do azevém (Lolium multiflorum) ainda é um dos principais desafios agronômicos. A planta daninha afeta diretamente a produtividade e a qualidade dos grãos.
“A perda pode chegar a 14 kg por metro quadrado de área infestada. Além disso, o azevém pode servir de hospedeiro para doenças e comprometer as culturas seguintes, se não for manejado corretamente”, explica Pagnoncelli.
Com o aumento da resistência do azevém aos herbicidas tradicionais, a IHARA, em parceria com a Cooperativa Agroindustrial Bom Jesus, realizou experimentos em Balsa Nova (PR) para avaliar diferentes estratégias de manejo.
O estudo mostrou que o herbicida YAMATO SC, aplicado dois dias antes da semeadura, apresentou o melhor desempenho, com 133 sacas por hectare, 17 sacas a mais em comparação à área infestada. Testes da Fundação Agropecuária de Pesquisa Agrária (FAPA) confirmaram 100% de controle do azevém e baixo nível de fitotoxicidade quando o produto foi aplicado um dia após o plantio.
“O uso de herbicidas pré-emergentes, como o YAMATO SC, garante o arranque da cultura livre da matocompetição, fator essencial para um estande vigoroso e produtivo”, destaca Rodolfo Caetano Gomes, engenheiro agrônomo e administrador técnico de vendas da IHARA.
Além do controle de plantas daninhas, o manejo integrado é fundamental para elevar a produtividade. A IHARA também oferece o FUSÃO EC, fungicida preventivo de rápida absorção que protege contra manchas foliares e oídio, doenças comuns na cevada.
“O uso combinado dessas tecnologias reduz o número de aplicações, aumenta a eficiência fitossanitária e melhora a rentabilidade”, explica o engenheiro agrônomo João Marcos Fillwock, da IHARA.
Segundo ele, as inovações tecnológicas fortalecem toda a cadeia produtiva da cevada cervejeira, garantindo maior competitividade ao produtor brasileiro.
Os programas de melhoramento genético vêm impulsionando a expansão da cevada no país, com cultivares mais tolerantes a doenças e maior qualidade para a maltagem. Essa evolução permite ampliar o cultivo para novas regiões e reduzir a dependência de importações.
Para garantir um bom início de desenvolvimento, o tratamento de sementes também é essencial. Nesse sentido, a IHARA oferece o Certeza N, produto com ação fungicida e nematicida que controla simultaneamente doenças de solo, sementes e nematoides.
“A combinação entre pesquisa, manejo integrado e inovação tecnológica consolida a cevada como uma cultura estratégica para o agronegócio brasileiro, unindo produtividade, qualidade e sustentabilidade”, conclui Alesandro Pagnoncelli.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias