Agrotóxicos e Defensivos

Alta de defensivos traz momento crítico para o setor

As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, têm permanecido estáveis


Publicado em: 18/10/2021 às 18:20hs

Alta de defensivos traz momento crítico para o setor

O momento dos defensivos é bastante crítico para o setor agrícola, segundo informou a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Nesse cenário, o Brasil ultrapassou, de maneira inédita e simultânea, duas marcas particularmente alarmantes: de US$ 6,2 bilhões em importações, no mês, e de US$ 40,3 bilhões no déficit para os últimos 12 meses (outubro de 2020 a setembro de 2021). 

“As fortes altas dos preços médios dos produtos transacionados entre o Brasil e o mundo (aumentos de 39,6% nos importados e de 21,5% nas exportações, comparando setembro de 2021 com igual mês do ano anterior), a manutenção da atividade econômica em patamares elevados em praticamente todas as cadeias que demandam químicos, além da sazonalidade do terceiro trimestre, historicamente mais forte para o setor, foram, em grande parte, os fatores conjunturais que resultaram nos piores indicadores da balança comercial de químicos”, informa. 

As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, têm permanecido estáveis, em níveis mensais bastante inferiores ao das importações, com vendas médias de US$ 1,2 bilhões, relativas às expedições de 1,3 milhões de toneladas aos países de destino das mercadorias nacionais. Para o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, vários são os fatores que tem influência nessa projeção. 

“Nesse exato momento em que as principais economias estão reavaliando suas estruturas industriais e investindo bilhões de dólares para atrair investimentos que possam diminuir o risco de concentração de dependências externas em setores estratégicos, como a química, temos que ser pragmáticos e objetivos. O Plano Biden, nos EUA, de incentivo à capacidade industrial e tecnológica, o Plano Quinquenal da China e o “New Deal” Sul-coreano de investimentos e estímulos fiscais são exemplos concretos daquilo que imediatamente temos que fazer pelo Brasil para voltarmos a ter condições de competir internacionalmente, além de acelerar as reformas estruturais e reequilibrar a agenda internacional, com políticas comerciais alicerçadas em facilitação de comércio, cooperação internacional, competitividade e segurança jurídica do sistema de defesa comercial”, destaca Ciro. 

Fonte: Agrolink

◄ Leia outras notícias