Publicado em: 06/10/2025 às 09:00hs
A eficiência do fósforo continua sendo um desafio central na agricultura tropical, onde grande parte do nutriente aplicado ao solo não é absorvida pelas plantas. Estudos conduzidos pela ICL no Brasil demonstram que, por meio de manejo integrado e tecnologias biológicas, é possível aumentar a mobilização do fósforo retido, reduzindo desperdícios e ampliando a produtividade.
Segundo pesquisa publicada na Nature Scientific Reports (Pavinato et al., 2020), o Brasil aplica cerca de 1,6 milhão de toneladas de fósforo por ano, mas mais de 70% permanecem em formas pouco disponíveis para as plantas. Na prática, de cada 100 quilos aplicados, apenas metade é aproveitada. “É como se o solo segurasse o fósforo com muito mais força do que a raiz consegue puxar”, explica Deyvid Bueno, gerente de Produtos da ICL para Aminoagro e Dimicron.
Entre 2018 e 2023, a ICL conduziu pesquisas em seus centros de inovação em Conchal (SP) e Cruz Alta (RS), além de ensaios de campo em diferentes regiões do país. Os resultados mostraram aumento de até 18% na disponibilidade de fósforo e 19% de magnésio, confirmando que o manejo estruturado pode reduzir perdas e elevar a produtividade das lavouras.
O conceito central do manejo estruturado é o sistema “Solo Vivo é Solo Fértil”, que combina soluções das marcas Aminoagro e Dimicron em quatro frentes:
“Combinando fatores que melhoram o solo, microbiologia aplicada e expansão radicular, conseguimos tornar o fósforo mais disponível e reduzir desperdícios, independentemente da região do Brasil”, afirma Bueno. Em ensaios, o uso das ferramentas biológicas PHOS e EVO53 recuperou até 3 kg/ha a mais de fósforo em comparação a tratamentos convencionais, resultando em ganhos de produtividade superiores a cinco sacas por hectare, especialmente em áreas com estresse hídrico.
A iniciativa da ICL é baseada na Biomimética, ciência que se inspira em processos naturais para criar soluções aplicadas à agricultura. “Ao observar como solo e microrganismos se organizam na natureza, desenvolvemos tecnologias que imitam e potencializam esses mecanismos, tornando o manejo mais eficiente e sustentável”, explica Bernardo Vieira, gerente de Produtos Biológicos da ICL.
Para os agricultores, o impacto é direto: o fósforo aplicado ao solo passa a ser melhor aproveitado sem necessidade de aumentar doses, aumentando a produtividade e reduzindo custos.
Para a próxima safra, o manejo integrado e estruturado deve ganhar relevância crescente, oferecendo soluções cientificamente validadas para diferentes realidades e regiões do país. “Quanto mais vivo está o solo, mais fértil ele se torna. Nosso objetivo é transformar perdas em produtividade real, garantindo sustentabilidade e eficiência na agricultura brasileira”, conclui Bueno.
Fonte: Portal do Agronegócio
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