Publicado em: 14/10/2025 às 18:20hs
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) registrou queda de 7% em setembro, encerrando o mês em 1,19, segundo levantamento da Mosaic. O resultado indica que os fertilizantes se tornaram mais acessíveis para o produtor rural — quanto menor o índice, maior o poder de compra.
A retração foi influenciada por uma combinação de fatores, como o encerramento da colheita da safrinha, o início do plantio da soja e a leve desvalorização do dólar, de cerca de 1,5%, que limitou os custos de importação de insumos.
A principal contribuição para o recuo do IPCF veio da redução nos preços dos fertilizantes, especialmente os nitrogenados.
Essa tendência reflete o período de entressafra, quando a demanda diminui naturalmente. No entanto, analistas esperam reajuste nos preços no quarto trimestre, impulsionado pela retomada das compras para a segunda safra de 2026.
Enquanto os fertilizantes ficaram mais baratos, as commodities agrícolas apresentaram alta média de 3% no período:
A única exceção foi o algodão, que caiu 3%, sem impacto relevante sobre o índice geral. O mercado também reagiu a fatores externos, como a suspensão e posterior retomada das retenciones na Argentina — impostos sobre exportações —, que influenciaram as cotações internacionais.
Apesar da melhora nas relações de troca, o setor de fertilizantes enfrenta três pontos de atenção:
Com o início do plantio da soja no Brasil, o mercado volta as atenções para o comportamento da demanda chinesa, que tem oscilado nas últimas semanas. Apesar da volatilidade, o Brasil mantém a liderança como principal fornecedor de soja para a China, o que sustenta o dinamismo do mercado interno e reforça a competitividade do agronegócio brasileiro.
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) é um indicador mensal divulgado pela Mosaic. Ele mede a relação entre os preços dos fertilizantes e das principais commodities agrícolas — soja, milho, açúcar, etanol e algodão —, tomando como base o ano de 2017.
Quando o IPCF está mais baixo, a relação de troca é mais favorável ao produtor, indicando maior capacidade de compra de insumos para o mesmo volume de produção agrícola.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias