Publicado em: 09/07/2025 às 20:00hs
O mercado de fertilizantes encerrou o mês de junho sob forte influência de tensões geopolíticas e oferta limitada, segundo análise do boletim Insumos Agropecuários, divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A alta demanda global, somada às incertezas internacionais, tem elevado os preços dos insumos, exigindo atenção redobrada por parte dos produtores rurais brasileiros.
De acordo com o boletim, os fertilizantes nitrogenados apresentaram alta volatilidade, reflexo direto de fatores como o conflito entre Irã e Israel, a redução da produção no Egito e a limitação da oferta na Rússia — países considerados importantes fornecedores desse tipo de insumo.
No caso dos fertilizantes potássicos e fosfatados, o relatório da CNA destaca que os preços continuam subindo, sustentados pela demanda internacional aquecida. Com a aproximação da safra 2025/2026 no Brasil, a expectativa é de que esses produtos continuem em alta, especialmente pela grande concentração de uso durante a 2ª safra.
“É essencial que os produtores fiquem atentos aos melhores momentos de compra, especialmente para a 2ª safra, que concentra a maior parte da demanda por nitrogenados”, reforça a CNA.
Em relação à ureia, embora os preços no mercado físico brasileiro ainda não tenham registrado altas significativas, houve reação no mercado futuro e nas cotações internacionais. O boletim aponta que muitas empresas suspenderam suas tabelas de vendas, o que pode sinalizar uma reprecificação nos próximos dias.
As importações brasileiras de fertilizantes somaram 15,3 milhões de toneladas até maio de 2025, um crescimento expressivo de 12,5% em relação ao mesmo período de 2024. Esse avanço foi puxado principalmente pelos fertilizantes fosfatados e potássicos. A CNA ressalta, no entanto, que as compras de nitrogenados devem se intensificar a partir de julho.
A CNA alerta que os produtores devem intensificar o planejamento financeiro e adotar estratégias de proteção da rentabilidade, diante do cenário de incertezas e aumento dos custos. A maior preocupação recai sobre a 2ª safra, que ainda depende da aquisição de boa parte dos insumos por parte dos agricultores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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