Adubos e Fertilizantes

Mercado de fertilizantes apresenta leve recuo em setembro, aponta relatório do Itaú BBA

Preços da ureia e do MAP caem, enquanto potássio registra leve alta; aumento da oferta internacional e importações elevadas no Brasil influenciam o mercado


Publicado em: 17/10/2025 às 11:50hs

Mercado de fertilizantes apresenta leve recuo em setembro, aponta relatório do Itaú BBA
Nitrogenados registram queda de preços

O mercado de fertilizantes nitrogenados apresentou queda em setembro, segundo o Agro Mensal, relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA.

O preço da ureia caiu 6%, encerrando o mês cotada a US$ 427/t nos portos brasileiros.

O sulfato de amônio (SAM) também teve maior oferta no mercado internacional, colaborando para a tendência de recuo dos preços.

A redução é atribuída à normalização da oferta global, principalmente com o retorno das exportações chinesas de ureia, após altas recentes ligadas a questões geopolíticas.

Fosfatados recuam com excesso de oferta

No segmento dos fosfatados, os preços também registraram queda.

O MAP recuou 4,8%, fechando em US$ 690/t.

Apesar dos valores ainda elevados, o mercado global segue bem ofertado, com produtores menores e mais eficientes competindo internacionalmente. No Brasil, os produtores têm priorizado fertilizantes de menor concentração, como SSP e TSP, devido aos preços elevados do MAP.

A expectativa é que a baixa demanda continue pressionando os preços para baixo nos próximos meses.

Potássicos apresentam leve valorização

Diferente dos outros segmentos, o KCl registrou leve alta de 0,7%, sendo cotado a US$ 352/t.

A demanda internacional por potássicos permanece reduzida, com exceção das compras na região do Estreito de Malaca, voltadas principalmente para o cultivo de palma na Indonésia e Malásia.

Brasil aumenta importações e participação de fornecedores internacionais

No mercado brasileiro, as importações acumuladas de fertilizantes entre janeiro e setembro de 2025 estão quase 6% superiores ao mesmo período de 2024.

Além disso, Rússia e China ampliaram sua presença no fornecimento:

  • Rússia: 8,9 milhões de toneladas exportadas (+12% a/a)
  • China: 8,2 milhões de toneladas exportadas (+60% a/a)

O aumento da oferta internacional e a diversificação dos fornecedores devem continuar influenciando os preços e a dinâmica do mercado brasileiro nos próximos meses.

Fonte: Portal do Agronegócio

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