Adubos e Fertilizantes

Fertilizantes: Preços devem recuar no 2º semestre

Rabobank projeta um crescimento da demanda em 2021 na ordem de 4%


Publicado em: 23/03/2021 às 11:50hs

Fertilizantes: Preços devem recuar no 2º semestre

De acordo com o Rabobank, os preços dos fertilizantes nitrogenados e fosfatados devem recuar no segundo trimestre. O movimento pode ocorrer com a “redução da demanda no hemisfério norte e maior disponibilidade de exportação dos produtores”, aponta o estudo AgroInfo – que contém as projeções, dados e análises do banco.

Segundo a instituição financeira especializada em agronegócio, por outro lado os preços das commodities ainda podem oscilar bastante com as previsões de clima nos EUA e na Europa. Com isso, alertam os analistas de mercado, os movimentos de alta podem frustrar quedas maiores nos preços dos fertilizantes.

“As importações de fertilizantes nos dois primeiros meses do ano foram 50% maiores que em igual período de 2020. De acordo com dados da Secex, as 5,7 milhões de toneladas desembarcadas até fevereiro são as maiores da história. Os maiores aumentos foram vistos para o KCl, o Sulfato de Amônio e o MAP, com aumentos de 860 mil, 260 mil e 188 mil toneladas, respectivamente, em relação ao ano passado”, aponta o relatório AgroInfo de Março de 2021.

De acordo com o estudo, esses altos volumes de produto importado no início do ano são um reflexo das antecipações das compras de insumos observadas desde julho do ano passado e sinalizam para uma demanda aquecida em 2021: “Apesar do aumento dos preços de fertilizantes entre 25% e 55% em dólar, nesse ano, as altas das commodities tem mantido o poder de compra do agricultor em patamares atrativos. Neste cenário o Rabobank projeta um crescimento da demanda de fertilizantes em 2021 na ordem de 4%, com um volume próximo a 40,6 milhões de toneladas”.

“O aumento da disponibilidade de produto chinês do mercado, somado à redução das compras nos EUA devem pressionar os preços para baixo a partir de abril. Os nitrogenados, que valorizaram 40% em dólar nesse ano, tendem a sofrer pressão de alta com o retorno dos leilões de compra da Índia em março e abril. Por outro lado, a redução da demanda do hemisfério norte em abril deve forçar quedas de preços no próximo trimestre. Com aumentos mais modestos, de 25% no ano, o KCl atingiu o patamar de US$ 315/t em março nos portos do Brasil e deve permanecer relativamente estável até o segundo semestre”, conclui o Rabobank.

Fonte: Rabobank

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