Publicado em: 22/12/2021 às 16:00hs
A iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV) tem desempenhado sua missão de esclarecer a população urbana sobre informações relativas a esse insumo, constantemente criticado por pessoas que desconhecem as reais funções dos fertilizantes. A origem das informações é proveniente de dados científicos, com objetivo de dar maior credibilidade e segurança aos leitores.
Muitos consideram os fertilizantes como um produto tóxico. Essa é uma das maiores inverdades, pois os fertilizantes têm sua origem em produtos contidos na natureza. Sendo assim, eles não possuem moléculas tóxicas em sua composição. O uso dos fertilizantes é exclusivamente para alimentar as plantas, pois sua constituição é de nutrientes essenciais para o seu crescimento e produção.
Para entendermos a origem e como são fabricados os fertilizantes, vamos apresentar os 3 principais fertilizantes comercializados em todo o mundo, ou seja, aqueles que fornecem o nitrogênio, o fósforo e o potássio.
Quando se trata dos fertilizantes nitrogenados, eles são originados da reação entre o N2, do ar atmosférico, e o H2, contido no gás natural. Essa reação dá origem a amônia (NH3), matéria-prima para a produção de todos os fertilizantes nitrogenados. Já os fertilizantes fosfatados e potássicos são originados de reservas minerais encontrados no subsolo ricos nestes nutrientes. Os processos para a produção dos principais fertilizantes usados na agricultura estão demonstrados na figura abaixo:
Muitos podem se perguntar se há necessidade de aplicar fertilizantes no solo para a planta crescer e produzir. Bem, podemos responder fazendo a analogia com uma criança que precisa se alimentar. Se você abrir a geladeira ou a dispensa da sua casa e não encontrar leite, pão, arroz, feijão, entre outros alimentos, seu filho não vai estar bem nutrido, em consequência terá seu crescimento e desenvolvimento comprometido. O mesmo ocorre com a planta. Quando ela não encontrar os nutrientes no solo, o seu crescimento e desenvolvimento será limitado, afetando a produção. A forma de resolver o problema de nosso filho é ir ao mercado e comprar os alimentos necessários para sua alimentação. Já, no caso das plantas, é pela adubação que são adicionados ao solo os nutrientes que estão faltando, ou seja, os fertilizantes possuem os nutrientes necessários para alimentar as plantas.
Sim, com as perdas naturais de nutrientes no solo e as constantes retiradas pelas colheitas, os nutrientes são reduzidos a quantidades insuficientes para atender as necessidades das plantas. Precisamos entender a necessidade de repor ao solo os nutrientes que estão contidos nos alimentos colhidos e que saem do solo para nos alimentar. Desta forma, a adubação permite tirar mais alimento de uma mesma área, sem a necessidade de abertura de novas áreas, ou seja, sem a necessidade de desmatamento.
Talvez você se surpreenda com a dose aplicada pela planta. Para exemplificar a dose de fertilizante aplicada, usaremos a adubação realizada na cultura da soja. A recomendação, segundo a exigência da cultura e os teores revelados pela análise de solo, é de 150 kg por hectare do produto MAP (fosfato monoamônico). Esse produto possui em sua composição os nutrientes nitrogênio e fósforo, dois dos principais nutrientes para a vida da planta. A dose aplicada equivale a 6,75 g por metro linear. Em cada metro linear tem 12 plantas de soja, o que permite concluir que cada planta receberá 0,56 g do fertilizante MAP. Isso mesmo, um pouquinho mais de 0,5 g para nutrir a planta durante seu ciclo de vida. Essa adubação visa fornecer principalmente o nutriente fósforo. A foto abaixo mostra o aspecto no solo da adubação do fertilizante MAP para a cultura da soja.
Desta forma, a NPV procura contribuir para o bom entendimento sobre o uso correto de fertilizantes, utilizando informações baseadas na ciência. O fertilizante é o meio mais barato e eficiente para devolver a fertilidade ao solo. Se retirarmos mais alimentos da mesma área, estaremos contribuindo para a manutenção das florestas e, também, para a segurança alimentar. A ação da adubação é uma forma de obter uma produção agrícola mais sustentável. Assim, afirmamos que “Para alimentar a população é necessário primeiro nutrir o solo”.
Valter Casarin - Coordenador Científicos da NPV
Fonte: Alfapress
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