Publicado em: 24/07/2025 às 10:45hs
Durante a 5ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert), realizada nesta terça-feira (22), em Brasília, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou que a estatal retomará os investimentos em fábricas de fertilizantes, com o objetivo de reduzir a dependência do Brasil por insumos importados.
A expectativa é que, até 2028, quatro unidades da Petrobras – localizadas nos estados do Paraná, Bahia, Sergipe e Mato Grosso do Sul – estejam em operação, atendendo até 35% da demanda nacional por fertilizantes à base de ureia.
Segundo Chambriard, “o agro e o setor de petróleo estão se fundindo cada vez mais. E o fertilizante é uma excelente oportunidade para a gente ampliar o nosso mercado de gás”.
Atualmente, o Brasil importa quase a totalidade da ureia usada na agricultura. As fábricas que receberão os aportes da Petrobras são:
Os investimentos previstos somam R$ 900 milhões, com execução entre 2025 e 2029. Conforme a presidente da estatal, os projetos já geram entre 13 mil e 15 mil empregos.
Presente na reunião, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou a relevância da iniciativa para o agronegócio e para a economia nacional.
“O Brasil é grande produtor e exportador de proteína animal e vegetal. Neste ano, teremos uma safra recorde, com crescimento de 10%. E a demanda por fertilizantes é crescente”, afirmou.
Durante o encontro, foram incluídos 16 novos projetos na Carteira de Projetos Estratégicos do Confert. Destes, 14 são da Embrapa, um do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e um do setor privado.
Magda Chambriard também mencionou parcerias com a Embrapa para desenvolver fertilizantes de alta eficiência, com foco na produção de amônia, ureia e arla.
Dos 14 projetos da Embrapa, 11 são voltados à pesquisa e desenvolvimento de biofertilizantes, bioinsumos, bioestimulantes e bioinoculadores. Entre os destaques, está o desenvolvimento de bactérias promotoras de crescimento para mudas florestais, voltadas especialmente ao setor de celulose.
O projeto privado aprovado é da Prumo Logística e prevê a criação de um hub de hidrogênio de baixo carbono no Porto do Açu, no Rio de Janeiro. O objetivo é estruturar um ecossistema industrial integrado para a produção de hidrogênio sustentável e derivados, como amônia e metanol.
O projeto do Ministério da Agricultura e Pecuária trata da regulamentação da Lei de Bioinsumos, sancionada em dezembro de 2024. A legislação define normas para produção, uso, fiscalização, rotulagem, transporte, exportação e incentivos a bioinsumos voltados aos setores agrícola, pecuário, aquícola e florestal – inclusive para produção para uso próprio.
Fonte: Portal do Agronegócio
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