Publicado em: 05/09/2025 às 11:45hs
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) assinou um acordo de cooperação técnica com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) com o objetivo de aprimorar o intercâmbio de conhecimento entre o setor público e o privado. A assinatura ocorreu nesta terça-feira (2), durante o 12º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo, com a presença do secretário Guilherme Campos e do presidente do Conselho da Anda, Eduardo de Souza Monteiro.
Segundo Campos, o acordo permitirá que o Brasil forneça ao produtor rural tendências de preços de fertilizantes, atualmente formados no mercado internacional. “Com essa parceria, o produtor terá mais informações para negociar melhor, com maior previsibilidade sobre altas e quedas de preços”, afirmou.
O acordo prevê incentivo à inovação em bioinsumos, geração de conhecimento estratégico e mobilização de recursos financeiros e não financeiros voltados à produção sustentável. Entre as iniciativas, estão o cálculo da pegada de carbono dos fertilizantes nacionais e importados, favorecendo produtos de baixo carbono.
Além disso, o acordo estabelece um fluxo institucional para alterações regulatórias, garantindo que mudanças em normas sejam implementadas de forma organizada e transparente.
Durante o congresso, foram apresentadas projeções para o consumo de fertilizantes entre 2020 e 2050. O cenário otimista estima que, em 2035, o consumo possa chegar a 61,5 milhões de toneladas por ano.
Entre os desafios apontados estão:
O programa Caminho Verde Brasil, instituído em dezembro de 2023, busca recuperar áreas aptas à conversão de pastagens, totalizando 40 milhões de hectares, sendo 28 milhões adequados para agricultura intensiva. O aumento da área cultivável deve gerar maior demanda por fertilizantes.
Durante o congresso, Francisco Matturro, presidente executivo da Rede ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), destacou que a tecnologia de integração de culturas, pecuária e florestas aumenta a produtividade, o sequestro de carbono, o bem-estar animal e a geração de renda com sustentabilidade.
Guilherme Campos reforçou que o Mapa atua de forma proativa para apoiar os produtores brasileiros, seja por financiamento com o Plano Safra, seja por medidas regulatórias que protegem o setor, garantindo competitividade e sustentabilidade à cadeia de fertilizantes.
Fonte: Portal do Agronegócio
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