Em busca de garantir bons negócios, produtores do estado já travaram 85,9% dos 21,3 milhões de toneladas estimados, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). No igual período de 2011, quando as vendas atingiam o ciclo 2010/11, eram 80,8%.

O Oeste mato-grossense registra o maior volume de negócios. Nele, 91,8% dos 2,9 milhões de toneladas já foram vendidos. Enquanto isso, no Sudeste, 80,8% dos 4,5 milhões de toneladas, indicou o Imea. Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho no Estado (Aprosoja), Carlos Fávaro, o produtor amadureceu e tem procurado antecipar-se quanto ao comércio da safra.

"O produtor percebe o bom momento e realiza negócios. É importante que ele saiba o custo e produção e, ao perceber que o negócio dará bom resultado, realize", declarou o dirigente. A produção esperada para este ano agrícola na unidade federada - acima de 21 milhões de toneladas é superior ao volume atingido em 10/11, em 20,5 milhões de toneladas.

Comércio mais ágil também para a safra 2012/13. Até a última semana de abril as vendas da safra chegavam a 23,5% dos 23 milhões de toneladas previstas. O percentual representa um avanço de 9,4 pontos percentuais na comparação com o mês de março de 2012, quando 14% da safra 11/12 tinham sido vendidos.

No tocante à safra 12/13 da oleaginosa no estado, destaque para a região Centro-Sul, onde 23,7% de 1,3 milhão de toneladas foram negociados. Preços atrativos e demanda pelo produto têm fomentado os negócios.

Para o produtor rural, é hora de ficar atento aos negócios, lembra Marcelo Duarte, diretor-executivo da Aprosoja em Mato Grosso. "O produtor está dando uma clara demonstração de que aprendeu com os erros do passado. Está negociando e não esperando que os preços subam cada vez mais", destacou.

Mercado Interno

Condicionante para o preço da soja em Mato Grosso, o dólar está sinalizando aumento nos valores para pagamento futuro. A oleaginosa está valorizada no mercado e a alta demanda registra que o grão poderá faltar pouco antes da colheita dos EUA, indica o Imea.

Na maior parte do estado, negócios foram fechados com preços livres de taxas, acima de R$ 50 a saca. Em Primavera do Leste, a 239 quilômetros de Cuiabá, a média semanal foi de R$ 52,75/sc, valorizando 1,71% no decorrer da semana.

O Instituto Mato-grossense mostra ainda que em Diamantino, a 209 quilômetros da capital, a média alcançou R$ 51,48/sc, crescimento de 0,97%.

Em Sapezal (473 km) a média de preço fechou em R$ 50,43/sc, um aumento de 3% para a semana. Os preços cotados na sexta-feira fecharam em Primavera do Leste a R$ 53,50/sc, em Diamantino, a R$ 52,00/sc, e em Sapezal a R$ 51,50/sc, segundo o Imea.