Em meio a eles, o USDA manteve a estimativa para os estoques norte-americanos em 2020/21, enquanto o mercado apostava em cortes. Também repetiu a estimativa para a safra argentina, enquanto era esperada uma queda. Além disso, elevou a previsão de produção do Brasil para um nível acima do esperado. Completando o conjunto de surpresas, o Departamento aumentou a produção e os estoques mundiais.

O USDA indicou que a safra de soja dos EUA deve atingir 4,135 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 112,53 milhões de toneladas, repetindo o relatório anterior.

Os estoques finais dos EUA são estimados em 120 milhões de bushels ou 3,26 milhões de toneladas, inalterados. O mercado estava apostando em estoques de passagem de 119 milhões ou 3,24 milhões de toneladas.

O USDA indicou esmagamento de 2,19 bilhões de bushels (59,6 milhões de toneladas) e exportações de 2,28 bilhões (62,05 milhões de toneladas). Em março, as estimativas apontavam para 2,2 bilhões (59,87 milhões de toneladas) e 2,25 bilhões de bushels (61,23 milhões de toneladas), respectivamente.

Quanto ao cenário mundial, o relatório projetava uma safra global de soja em 2020/21 de 363,19 milhões de toneladas. Em março, o número era de 361,82 milhões de toneladas. Os estoques finais são estimados em 86,87 milhões de toneladas. O mercado esperava estoques finais de 83,7 milhões de toneladas. Em março, a previsão era de 83,74 milhões de toneladas.

O USDA projeta uma safra americana de 112,55 milhões de toneladas, conforme comentado. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 136 milhões de toneladas, contra 134 milhões em março. O mercado apostava em 134,4 milhões de toneladas.

A Argentina deve produzir 47,5 milhões de toneladas, repetindo a previsão anterior. O mercado havia estimado um corte para 46,8 milhões de toneladas. A previsão de importação da China foi mantida em 100 milhões de toneladas.