Soja

Soja volta do feriado nos EUA operando com leves baixas em Chicago nesta 3ª feira

As cortações, por volta de 7h25 (horário de Brasília), perdiam entre 0,50 e 2 pontos nos principais contratos. Assim, o novembro tinha US$ US$ 8,67 e o março, US$ 8,93 por bushel


Publicado em: 03/09/2019 às 10:30hs

Soja volta do feriado nos EUA operando com leves baixas em Chicago nesta 3ª feira

Depois do feriado do Dia do Trabalhos nos EUA, o mercado da soja retoma seus negócios na Bolsa de Chicago do lado negativo da tabela, mas atuando com tímidas baixas nesta terça-feira (3). As cortações, por volta de 7h25 (horário de Brasília), perdiam entre 0,50 e 2 pontos nos principais contratos. Assim, o novembro tinha US$ US$ 8,67 e o março, US$ 8,93 por bushel.

Os traders seguem mantendo sua atenção sobre a nova safra dos Estados Unidos. A colheita está próxima, porém, ainda há algumas ameaças sobre as lavouras e a conclusão de seu desenvolvimento que causam especulações.

"O mês do início da colheita da soja americana se depara com pressão sazonal da disponibilidade da safra nova. No entanto, podemos ver especulação provocada pelo atraso no desenvolvimento das lavouras e possibilidade de geada precoce nos EUA", acredita Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da Agro Culte.

O novo reporte semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sai nesta terça e a expectativa do mercado para a soja é de que o índice de lavouras em boas ou excelentes condições suba de 55% para 56%.

Ainda em setembro estão marcadas reuniões novas entre China e EUA para uma tentativa de dar sequência às negociações e amenizar as tensões com a guerra comercial, o que também traz alguma movimentação e volatilidade aos negócios na CBOT.

E esta semana se iniciou, no domingo (1), com a nova rodada de tarifas dos EUA sobre produtos chineses entrando em vigor e trazendo mais preocupação ainda aos traders e demais participantes do mercado.

Veja como se comportou o mercado no Brasil nesta segunda-feira:

Soja: Semana começa com preços fortes no BR frente ao mais alto patamar do dólar em 1 ano

A falta da referência internacional para os preços da soja nesta segunda-feira (2) foi compensada pela forte alta do dólar para, ao menos, manter as referências firmes nos portos do Brasil neste início de semana. Nos principais terminais de exportação, os indicativos seguem variando entre R$ 87,50 e R$ 89,50 por saca, entre a soja disponível e para o mês seguinte.

Nos melhores momentos, os preços chegam a alcançar aos R$ 90,00 ou até mesmo superar este patamar, quando os prazos de pagamento são um pouco mais alongados. E tais momentos são oportunidades criadas ainda pela combinação de prêmios muito fortes, demanda aquecida pela soja brasileira, as cotações buscando alguma estabilidade na Bolsa de Chicago e o câmbio.

Nesta segunda, a moeda norte-americana foi intensificando suas altas ao longo do pregão para encerrar o dia com avanço de 1% e valendo R$ 4,18. O dia também teve menos volume de negócios em razão do feriado dos EUA e a falta de referência, porém, registrou um dos mais elevados patamares em, pelo menos, um ano.

"Voltamos a ver o dólar, mesmo com o mercado americano fechado, ganhando força contra outras moedas e o real está entre elas", explica o analista de mercado da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin.

Diante de todas estas variáveis, a principal orientação de Vanin é de que o produtor esteja atento às suas combinações. "A demanda está indo e voltando, a China vem, compra volumes, e sai do mercado, comprando sempre da mão para a boca e isso não deve mudar no curto prazo", diz. E mesmo com preços interessantes, ainda mais em reais, as vendas têm que obedecer uma estratégia, acompanhando uma "sazonalidade bem definida e para os prêmios aqui no Brasil tem um momento em que eles começam sua descida e isso, no ano passado, aconteceu em novembro", explica o executivo.

Além dos fatores já conhecidos, a semana começa ainda com uma nova fase da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Começaram a valer neste domingo, 1º de setembro, uma nova rodada de tarifas dos EUA sobre produtos chineses. Na sequência, nos próximos dias, são as novas taxas da nação asiática que entram em vigor.

Enquanto isso, a demanda da China por soja segue muito concentrada no Brasil. E dessa forma, para o o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, essa semana deverá ser outra importante para os negócios no Brasil.

"O mercado da soja deverá mostrar bom volume de compradores nestes próximos dias e, certamente, a maior parte nos portos para levar o grão para a exportação. Há um grande interesse externo, principalmente dos chineses que andaram levando um grande volume de navios nos últimos dias", diz o consultor.

Mais do que isso, para Brandalizze, os negócios com a safra nova também deverão voltar a fluir, mesmo que de forma ainda comedida, diante da demanda chinesa para o produto 2019/20 também começando a crescer e se fortalecer.

Fonte: Notícias Agrícolas

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